Lineup https://lineup.blogfolha.uol.com.br Grandes shows e festivais de música no Brasil e no mundo Tue, 07 Dec 2021 13:09:52 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=4.7.2 Planet Hemp faz show na Fundição Progresso na retomada da casa; venda começa às ‘4h20’ https://lineup.blogfolha.uol.com.br/2021/10/27/planet-hemp-faz-show-na-fundicao-progresso-na-retomada-da-casa-venda-comeca-as-4h20/ https://lineup.blogfolha.uol.com.br/2021/10/27/planet-hemp-faz-show-na-fundicao-progresso-na-retomada-da-casa-venda-comeca-as-4h20/#respond Wed, 27 Oct 2021 15:34:08 +0000 https://lineup.blogfolha.uol.com.br/files/2019/05/planet-hemp-320x213.jpg https://lineup.blogfolha.uol.com.br/?p=6041 O Planet Hemp fará dois shows na Fundição Progresso (centro do Rio), nos dias 10 e 11 de dezembro. A venda de ingressos começa nesta quarta (27), às ‘4h20 PM’ (16h20), como anunciou a banda em suas redes sociais.

Os tíquetes têm preços que variam de R$ 100 a R$ 400 e ficam disponíveis no site da Eventim.

As apresentações fazem parte de uma programação que marca a retomada da tradicional casa na Lapa,  em um momento em que a pandemia de Covid mostra sinais de arrefecimento no Brasil.

Entre os nomes confirmados para os próximos meses na agenda da Fundição estão Armadinho (18/12), Teresa Cristina (9/1 e 6/2), Natiruts (14 e 15/1), Marcelo Falcão e Felipe Ret (21/1), Racionais MC’s (29/1), Pitty (12/2) e ensaios do Monobloco (18 e 25/2).

Segundo a organização, “os eventos serão realizados dentro das orientações de saúde pública decretadas no estado do Rio de Janeiro”.

Com a evolução no número de vacinados com imunizantes contra a Covid, há um movimento de relaxamento nas regras sanitárias que permite a realização de shows e outros eventos com público.

Planet Hemp

Quando: 10 e 11 de dezembro
Onde: Fundição Progresso (r. dos Arcos, 24 – Lapa, centro, Rio de Janeiro, RJ)
Quanto: R$ 100 a R$ 400
Mais informação: eventim.com.br



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João Rock terá Emicida com Criolo e Céu, Pitty com Nando Reis e Planet Hemp https://lineup.blogfolha.uol.com.br/2021/10/26/joao-rock-tera-emicida-com-criolo-e-ceu-pitty-com-nando-reis-e-planet-hemp/ https://lineup.blogfolha.uol.com.br/2021/10/26/joao-rock-tera-emicida-com-criolo-e-ceu-pitty-com-nando-reis-e-planet-hemp/#respond Tue, 26 Oct 2021 13:25:14 +0000 https://lineup.blogfolha.uol.com.br/files/2020/05/emicida-sensacional.jpg https://lineup.blogfolha.uol.com.br/?p=6035 Após três adiamentos, o João Rock anunciou nesta terça (26) a programação para a 19ª edição, marcada para 11 de junho de 2022, em Ribeirão Preto (cerca de 300 km de São Paulo). Foram divulgadas 27 atrações divididas em três palcos, com encontros especiais.

Entre os nomes do palco João Rock estão Pitty e Nando Reis –em um show especial chamado “Pitty e Nando”–, BaianaSystem, Djonga, Humberto Gessinger, Titãs, Natiruts, CPM 22 e juntos Emicida, Criolo e Céu, em performance ensaiada para o festival

Já o palco Brasil, conhecido por homenagens a regiões e movimentos musicais brasileiros, estabelece a temática de Rio de Janeiro com Erasmo Carlos, Gabriel, O Pensador, Cidade Negra, Marcelo Falcão, Barão Vermelho e Planet Hemp.

No palco Fortalecendo a Cena se aprentam Poesia Acústica, o casal rapper Cynthia Luz e Froid, Lagum, Matuê, Coruja BC1 e Rashid, que recebe Drik Barbosa e Lellê.

A pré-venda de ingressos começa no site oficial (joaorock.com.br) nesta terça (26), às 12h, com preços que variam de R$ 140 a R$ 640. Essa venda exclusiva vai até o fim de 1º de novembro —ou até o fim do lote. E clientes do banco Digio têm desconto de 15% na compra e podem parcelar em até oito vezes.

Por causa da pandemia de Covid-19, um dos maiores festivais do país sofreu alterações: inicialmente seria em 6 de junho de 2020, passou para 12 de setembro e posteriormente para 19 de junho deste ano.

Segundo a organização, os tíquetes já adquiridos para a edição adiada permanecem válidos. Quem não puder ir pode ter informações sobre a polítca de reembolso também no site oficial.

O festival nasceu em 2002 e se consolidou como um dos principais eventos musicais do Brasil.

Em 2019, Marcelo D2, Emicida, Rael, Mano Brown, Alceu Valença, Pitty, Paralamas e Zeca Baleiro foram alguns dos que subiram aos palcos no interior paulista.

A cidade escolhida para ser homenageada foi Brasília. Por isso, por lá passaram também nomes como Raimundos, Natiruts, Capital Inicial e Plebe Rude.

Segundo a organização, foram cerca de 65 mil pessoas que assistiram a mais de 20 atrações no último ano. A expectativa para 2022 é chegar a 70 mil de público.

Festival João Rock (19ª edição)

Quando:  11 de junho de 2022
Onde: Parque Permanente de Exposições (av. Orestes Lopes de Camargo, 350, Jardim Jóquei Clube, Ribeirão Preto-SP)
Quanto: R$ 140 a R$ 640 (pré-venda)
Mais informação: joaorock.com.br



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Planet Hemp e Raimundos fazem live no Dia do Rock; veja as músicas do setlist https://lineup.blogfolha.uol.com.br/2020/07/13/planet-hemp-e-raimundos-fazem-live-no-dia-do-rock-veja-as-musicas-do-setlist/ https://lineup.blogfolha.uol.com.br/2020/07/13/planet-hemp-e-raimundos-fazem-live-no-dia-do-rock-veja-as-musicas-do-setlist/#respond Mon, 13 Jul 2020 09:00:13 +0000 https://lineup.blogfolha.uol.com.br/files/2020/07/d2-tercio-campelo-divulgacao.jpg https://lineup.blogfolha.uol.com.br/?p=4960 Planet Hemp e Raimundos sobem ao palco nesta segunda (13) para celebrar o Dia Mundial do Rock em uma live promovida pelo festival Planeta Brasil, de Belo Horizonte (MG). Os shows podem ser vistos no canal oficial no YouTube, a partir das 20h.

Será a primeira apresentação do Planet Hemp durante a pandemia do novo coronavírus, enquanto os Raimundos tocam presencialmente todos juntos no “novo normal” também pela primeira vez.

“A gente está há muito tempo sem tocar junto, vai ser engraçado se tiver erros. Vai ser como a galera se reencontrando depois de muito tempo e levando um som”, diz Digão, vocalista do Raimundos. O artista diz que vai tocar como se estivesse em um lugar para 100 mil pessoas.

Segundo a produtora mineira SleepWalkers Entretenimento, a #LivePlanetaBrasil vai permitir a doação de recursos para organizações e profissionais que atuam nos bastidores de eventos no Brasil.

A iniciativa online teve início em maio com show do Natiruts, seguido pela apresentação de Marcelo D2 em 5 de junho.

A nona edição do Planeta Brasil ocorreu em 25 de janeiro deste ano, na Esplanada do Mineirão, em Belo Horizonte. Entre os artistas que se apresentaram estiveram Racionais MC’s, Caetano Veloso, Baco Exu do Blues, Djonga, Duda Beat e Anavitória.

Com a pandemia gerando incerteza a organização não definiu ainda a data do evento presencial em 2021.

Abaixo, veja o setlist das bandas e os shows a partir das 20h:

Setlist Raimundos (20h)

Puteiro Em João Pessoa
Nêga Jurema
Palhas do Coqueiro
I Saw You Saying (That You Say That You Saw)
Papeau Nuky Doe
Mas Vó
Eu Quero Ver o Oco
Tora Tora
Bê a Bá
Rapante
Esporrei na Manivela
Andar na Pedra
Baile Funky
Herbocinética
Cintura Fina
Bicharada

Setlist Planet Hemp (às 21h15)

Não Compre Plante
Legalize Já
Dig Dig Dig
Planet Hemp
Fazendo a Cabeça
Queimando Tudo
Maryjane
100% Hardcore
Procedência C.D.
Raprockandrollpsicodeliahardcoreragga
Zero Vinte Um
Deisdazseis
Phunky Buddha
Samba Makossa
Crise Geral
Seus Amigos
Quem Tem Seda
Stab
Contexto
A Culpa É de Quem
Mantenha o Respeito

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Festival Planeta Brasil faz live com Planet Hemp e Raimundos no Dia do Rock https://lineup.blogfolha.uol.com.br/2020/07/08/festival-planeta-brasil-faz-live-com-planet-hemp-e-raimundos-no-dia-do-rock/ https://lineup.blogfolha.uol.com.br/2020/07/08/festival-planeta-brasil-faz-live-com-planet-hemp-e-raimundos-no-dia-do-rock/#respond Wed, 08 Jul 2020 18:37:58 +0000 https://lineup.blogfolha.uol.com.br/files/2019/06/GLA6800-320x213.jpg https://lineup.blogfolha.uol.com.br/?p=4950 O festival Planeta Brasil, de Belo Horizonte (MG) promove uma live com Raimundos e Planet Hemp em 13 de julho, quando é celebrado o Dia Mundial do Rock. Os shows podem ser vistos no canal 500 da Claro e no YouTube das bandas, a partir das 20h.

Será a primeira apresentação do Planet Hemp durante a pandemia do novo coronavírus, enquanto os Raimundos tocam presencialmente todos juntos no “novo normal” também pela primeira vez.

“A gente está há muito tempo sem tocar junto, vai ser engraçado se tiver erros. Vai ser como a galera se reencontrando depois de muito tempo e levando um som”, diz Digão, vocalista do Raimundos. O artista diz que vai tocar como se estivesse em um lugar para 100 mil pessoas.

Segundo a produtora mineira SleepWalkers Entretenimento, a #LivePlanetaBrasil vai permitir a doação de recursos para organizações e profissionais que atuam nos bastidores de eventos no Brasil.

A iniciativa online teve início em maio com show do Natiruts, seguido pela apresentação de Marcelo D2 em 5 de junho.

A nona edição do Planeta Brasil ocorreu em 25 de janeiro deste ano, na Esplanada do Mineirão, em Belo Horizonte. Entre os artistas que se apresentaram estiveram Racionais MC’s, Caetano Veloso, Baco Exu do Blues, Djonga, Duda Beat e Anavitória.

Com a pandemia gerando incerteza a organização não definiu ainda a data do evento presencial em 2021.

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A vida do jovem negro não tem muito valor no Brasil, diz Marcelo D2 após morte de João Pedro https://lineup.blogfolha.uol.com.br/2020/05/29/a-vida-do-jovem-negro-nao-tem-muito-valor-no-brasil-diz-marcelo-d2-apos-morte-de-joao-pedro/ https://lineup.blogfolha.uol.com.br/2020/05/29/a-vida-do-jovem-negro-nao-tem-muito-valor-no-brasil-diz-marcelo-d2-apos-morte-de-joao-pedro/#respond Fri, 29 May 2020 23:35:08 +0000 https://lineup.blogfolha.uol.com.br/files/2020/05/d2-em-casa.jpg https://lineup.blogfolha.uol.com.br/?p=4918 Marcelo D2 está em quarentena em sua casa no Rio de Janeiro desde 13 de março, conta ele, após participar de uma apresentação de Moacyr Luz e Samba do Trabalhador no Circo Voador, tradicional casa de shows carioca, na noite anterior.

Desde então, afirma o rapper de 52 anos, tem tentado fazer coisas criativas. “A ideia é sempre procurar uma coisa nova pra fazer. É meta de vida. A procura vai  mais do que a batida perfeita”, diz o vocalista do Planet Hemp, ao telefone, em referência a uma de suas canções da carreira solo, “À Procura Da Batida Perfeita”.

Depois de algumas lives nas últimas semanas, D2 estreia neste sábado (30) um canal no Twitch para transmissões ao vivo feitas em diversos cômodos de sua residência —com bate-papo, música, games e gastronomia. A primeira será um DJ set, a partir das 12h, na cozinha ao lado de sua companheira e produtora Luiza Machado e seus filhos.

O rapper carioca tinha dado um tempo das redes sociais, de onde se afastou ‘por uns quatro meses’, diz. Na internet ele se mantinha bastante ativo e crítico a políticos como Jair Bolsonaro e seus apoiadores. “Eu saí porque não dava mais para discutir isso, a gente está no momento político muito difícil, não é possível que as pessoas querem caminhar nesse caos.”

“E, meu irmão, como é que a gente vai discutir com uma família dessas? Não dá pra entrar no campo deles. Qualquer pessoa sã não consegue uma discussão com o Carluxo ou com o próprio Bolsonaro. Eles são malucos.”

Mas D2 voltou, de cabeça mais fresca, conta, e não exatamente será menos combativo nesta volta virtual, seguindo com sua arte como resposta. “Vou falar o que eu gosto de falar, tentar fazer o que eu gosto de fazer. Só vou tentar não falar ‘vai tomar no cu’, ‘fascista filho da puta’”, afirma rindo.

No combate ao novo coronavírus, ele observa um governo federal omisso. “Já viu eles falando alguma coisa a não ser cloroquina?”

Foi de casa também que D2 acompanhou notícias sobre a morte de João Pedro, jovem negro de 14 anos assassinado durante uma operação de policiais enquanto brincava no quintal com seus primos em São Gonçalo, no Rio. “A vida no Brasil não tem muito valor, principalmente a vida do negro, principalmente a vida do jovem negro.”

“É triste você ver uma realidade assim, é triste pra alma. Eu não consigo nem imaginar o que o pai desses sente ao ver o filho ser assassinado desse jeito”, afirma o pai de quatro filhos —Stephan, 28, que também é rapper, Lourdes, 20, Luca, 18, e Maria Joana, 15.

O período em casa também tem sido aproveitado para finalizar o novo disco do Planet Hemp, com previsão de lançamento para setembro.

Haverá participações de nomes como Black Alien, Seu Jorge, Criolo e Clarice Falcão. D2 ainda indica a vontade de ter o rapper mineiro Djonga no novo trabalho do grupo. “Gosto dele pra caramba e acho que ele poderia somar ao disco.”

D2 também afirma que haverá uma live do Planet Hemp em breve, com data a definir.

LEIA ENTREVISTA COM MARCELO D2
Rapper Marcelo D2 em sua casa (Reprodução)
Rapper Marcelo D2 em sua casa (Reprodução)

Lineup – Como tem sido a quarentena para você? Está isolado?
Marcelo D2 –
Eu participei de um show no Circo Voador, no dia 12 de março. Eu sei que a quarentena aqui no Rio começou numa terça-feira, mas a gente na sexta-feira [anterior] já deu um toque de recolher aqui em casa e começou a ficar preso. Desde então tentando fazer alguma coisa criativa, gravando as vozes para o disco do Planet. Agora achei essas lives para fazer, além das lives musicais. É um movimento que está rolando de ‘react’, que é para a galera trabalhar.

Muitos shows cancelados?
Pois é. A galera de audiovisual está bem ferrada. É foda porque eu quase não passava nenhum fim de semana em casa, agora já estou dois meses em casa. Tá brabo [risos]. A gente vive disso, tá ligado? De shows. É dali que sai o meu sustento, mas eu ainda até que consigo me virar com as lives. Mas a galera da minha equipe está bem ferrada, equipe técnica, roadie, engenheiro de som… Para profissional liberal está bem difícil. É difícil porque a gente não tem um planejamento do governo. A gente não tem algo que nos fortaleça, só parece que está no caos, parece que não vai melhorar nunca. 

Você seguiu a onda das lives e agora vai fazer uma série de transmissões em casa…
A ideia é sempre procurar uma coisa nova pra fazer. É meta de vida. A procura vai  mais do que a batida perfeita. A ideia de procurar novos caminhos. Eu acho que mesmo quando a gente sair da quarentena essa coisa das lives não vai sumir. Descobri essa nova plataforma Twitch, uma plataforma bem usada no mundo dos games. Ela te dá a condição de se fazer tudo. É quase como todas as plataformas dentro dela, transmissão ao vivo, chamar gente, fazer a live, colocar animação tudo muito fácil, intuitivo. Eu acho que tudo isso é muito novo para quem trabalha com arte. Esse tipo de live [só com música] não me seduz muito, como se tivesse fazendo show em casa. A minha ideia é fazer algo diferente. Eu tenho bastante coisa em casa, livro, vídeo, sou um cara que me considero bem antenado, que vê o que está acontecendo e o que aconteceu, e eu queria dividir isso com a galera. 

E como vai ser essa sua sequência de lives?
Eu vou começar a fazer três nesta semana. No sábado (30), eu vou fazer um DJ set comigo cozinhando, com a família, com minha companheira Luiza e meus filhos. No domingo (31), eu vou jogar um “Fifa” com os filhos, aproveitando que é uma plataforma bem usada por games. E durante a semana eu estou muito a fim de bater papo com a galera. Eu acabei de receber um vinil do ‘Eu Tiro É Onda’ [primeiro álbum solo dele lançado em 1998] e eu vou bater um papo na terça-feira com o DJ Zé Gonzales e com o DJ Nuts para falar histórias sobre como foi gravado, fazer um faixa a faixa, talvez cantar algumas músicas desse disco também.

Marcelo D2 em sua casa no Rio (Ricardo Borges - 11.jul.2017/Folhapress)
Marcelo D2 em sua casa no Rio (Ricardo Borges – 11.jul.2017/Folhapress)

E o que te atraiu no Twitch?
Eu tenho visto alguns caras fazendo umas live de que eu tenho gostado muito. Esse sentido que Twitch tem de comunidade me fez lembrar muito do MySpace, de como a galera interage com o artista. Eu acho que ali eu vou poder conversar com a minha rapazeada. Diferente das outras redes sociais, que está tudo infestado de ódio, não tem pra onde fugir muito. 

Quais caras, por exemplo?
O [DJ] Zegon e DJ Nuts estão fazendo lives a sextas, sábados e domingos que são incríveis. Quando eu soube do Twitch e a galera falou desse senso de comunidade, eu pensei: ‘O Instagram também é, o Facebook também é’. Mas quando eu fui lá e participei da live como telespectador foi incrível. Eu achei que estava no bar com os caras tocando e no chat todo mundo conversando. Em vez de ter 2 milhões de pessoas assistindo, você tem 5.000 pessoas  a fim de trocar ideia sobre aquilo, interagir, fazer um papo render. Tem um outro cara chamado Kenny Beats. É um produtor de rap [americano. Ele recebe alguns rappers, mostra beats, produz na frente da galera. As lives dele são muito dinâmicas, e ele fica lá quase sei horas. Eu me senti no estúdio com o cara.

Antes da quarentena por causa do coronavírus, você tinha feito outra espécie de quarentena e dado uma pausa nas redes sociais. Por que fez isso?
Avisei a minha galera que ia dar um tempo. Eu saí uns dois meses antes da quarentena, fiquei uns quatro meses fora. Eu saí porque não dava mais para discutir isso, a gente está no momento político muito difícil, não é possível que as pessoas querem caminhar nesse caos. Foi avisado, a gente bateu de frente, é um governo que está emparelhando tudo. A Polícia Federal parece que está virando do Bolsonaro, fascismo dando dominando, ódio pra caralho, eu estava ficando doente, eu queria sair daquele mundo ali. Não estou a fim mais de ficar batendo de frente, discutindo com fascista. Tem uma frase que diz “fascismo não se debate, fascismo se destrói”. Essa galera que dominou a redes sociais. Você dar bom dia e a pessoa responde “bom dia o caralho, seu maconheiro“. 

Acha que está pior?
É bem sinistro isso que a gente está vivendo. Eu fico muito muito triste. Eu vivi minha vida pautado em esperança. Eu nasci no meio da ditadura militar. Todo mundo do meu meio tinha esperança de que aquilo ia acabar, íamos ter “Diretas já”. Logo depois a gente começou a montar a banda, uma esperança de que a gente ia fazer um mundo melhor foi me pautando. A gente teve um presidente que veio do povo, o Lula, que causou aquela esperança toda. Agora querem que as minorias se fodam, que as minorias se adaptem, como diz o chefe lá [Bolsonaro]. Os negros têm que engolir o racismo e ficar quietos, as mulheres que apanharam que fiquem quietas. Os LGBTs que apanhem e fiquem quietos. Isso é muito desesperançoso. E eu também estava fazendo o disco do Planet Hemp e eu não queria fazer um disco-resposta e me contaminar com tanto ódio.

Por que resolveu voltar às redes?
Acho que minha cabeça está mais calma agora, acho que se quiserem brigar comigo vão ter que vir pro meu campo da cultura, falar de arte, falar de amor. Não estou mais a fim de discutir sobre ódio, de xingar, de mandar bater, não dá. Esse tipo de coisa tem que virar as costas e falar ‘não dá’. Os caras criam fake news de todo mundo a toda hora. É um Brasil que mostra uma cara muito triste. Tomara que isso mude. A minha grande dúvida é: ‘O Brasil é o Brasil de depois da ditadura, que tentou caminhar para um país contemporâneo, livre e democrático, ou normal do Brasil é o que estamos vivendo agora? Ódio e preconceito…

Você pretende ser menos combativo nas redes?
Não, vou falar o que eu gosto de falar tentar fazer o que eu gosto de fazer. Só vou tentar não falar ‘vai tomar no cu’, ‘fascista filho da puta’ [risos]. Tem um poema do Arnaldo Antunes, que ele fala que não é poema, feito em 2018 nas eleições mais ou menos assim: “De que adianta esfregar na cara dessa gente todo o mal dele se é exatamente disso que elas gostam nele? De que adianta falar que ele é racista, que ela é fascista, que ele é um ditador se é exatamente disso que elas gostam nele?”. Eu vou mudar essa abordagem. O governo é tão idiota que ele mesmo está se batendo. A gente não tem mais cobertura [jornalística] no Planalto porque a imprensa não pode estar lá porque apanha. A gente está em quando 1940? Quando iríamos imaginar que em 2020 a gente ia ver imprensa apanhando na rua, gente pedindo a volta da ditadura, que no meio da pandemia ia ter gente cuspindo enfermeiro. É muita maluquice.

Como você avalia o papel dos governos federal, estadual e municipal no combate ao coronavírus?
O governo federal nem toca nesse assunto. Já viu eles falando alguma coisa a não ser cloroquina? A gente viu vídeo da reunião ministerial e os caras não tocaram no assunto saúde. A única vez que tocaram no assunto foi quando falaram para ‘passar na boiada’ [fala do ministro Ricardo Salles sobre regras ambientais]. Os governadores estão tentando fazer alguma coisa. Eu tenho um desafeto danado com o Doria, mas acho que ele está tentando governar um estado para que morra menos gente, para que a economia sofra menos. O Witzel está no mesmo instinto do Doria. Mas estão tentando fazer campanha, é foda. E você vê que tem gente desviando dinheiro no meio da pandemia. É algo inacreditável. Por isso meu foco é a arte, arte de combate.

Você acha que a democracia corre risco com Bolsonaro no poder?
A gente nunca teve uma democracia plena. A democracia está por um fio. Ele está aparelhando a Polícia Federal, aparelhando tudo para trabalhar pra ele. A gente está vivendo um momento muito delicado. Não tem imprensa livre. A democracia é uma palavra quase extinta no Brasil.

Um nome que tem criticado bastante o governo e influenciado gente mais jovem é Felipe Neto. Ele até cobrou todos os artistas a se posicionarem? “Acabou a passada de pano. Influenciador que não se manifesta agora é cúmplice”. Concorda com ele?
Ele tem toda a razão. Tenho conversado com o Felipe de vez em quando, é um moleque super importante neste momento. Concordo muito com o que ele está falando, mas é muito difícil, porque as pessoas ficam doentes. A gente tem que saber quem se posiciona e quem está tirando o pé porque não quer ficar doente. E, meu irmão, como é que a gente vai discutir com uma família dessas [Bolsonaros]? Não dá pra entrar no campo deles. Qualquer pessoa sã não consegue uma discussão com o Carluxo [Carlos Bolsonaro] ou com o próprio Bolsonaro. Esses caras são malucos, são perigosos, eles acabam com a vida dos outros. Os caras se apossaram da bandeira brasileira, fazendo propaganda nazista com a bandeira brasileira. Existem maneiras e maneiras de lutar, eu voltando para internet vou continuar fazendo arte de combate, mas vou falar de arte. Pelo menos eu vou tentar. Estou falando no meu ‘day one’, mas daqui a cinco dias talvez eu volte e esteja agarrado no pescoço de um fascista [risos]. Sangue de barata ninguém tem, né. 

Felipe Neto ressaltou que recebeu ameaças, que teve até que mandar a mãe para fora do país. Você não sofre ameaças?
Eu recebi ligações, tinha aqueles bots no Twitter também quase todo dia. Eu saí [das redes] por causa disso. Existe ameaça e desejo, na real. Tinha muita gente falando ‘espero que seus filhos morram’. A minha companheira [Luiza] recebeu uma ameaça de morte no Instagram em meados de fevereiro. Começaram a ligar e fiquei bem preocupado. ‘Você vai acabar morrendo se não sair do lado dele’. A gente pensou em dar parte na polícia, mas não fomos. Logo depois veio a pandemia e a gente está em casa. Esse é o tipo de política de miliciano. 

Em entrevista o diretor Spike Lee disse: ‘É 2020, e pessoas pretas e pardas continuam a ser fuziladas como animais’. Nos últimos dias, tivemos mais um episódio com o menino João Pedro. Como você reagiu a esse assassinato e como observa a violência contra minorias, em periferias, o racismo no Brasil atualmente?
Só de tocar nesse assunto já estou com olho cheio de lágrimas. Essas coisas me doem muito. Eu lembro de quando eu tinha uns 7, 8 anos, e vi no Jornal Nacional um moleque roubando um cordão de uma pessoa em frente à Central do Brasil. Ele saiu correndo e foi atropelado por um ônibus. Eu fiquei muito chocado com aquilo porque a sociedade pensou que aquilo era normal: ‘Bem feito. Roubou, morreu, pagou’. De lá pra cá, você começa a perceber que esse tipo de coisa é normal. A vida no Brasil não tem muito valor, principalmente a vida do negro, principalmente a vida do jovem negro. É triste você ver uma realidade assim, é triste pra alma. Eu não consigo nem imaginar o que o pai desses sente ao ver o filho ser assassinado desse jeito.

O que precisa para mudar?
Eu falo disso numa música: ‘O lugar de onde eu vim, tá tudo fora do lugar, e a única certeza que eu tenho é que isso nunca vai mudar’. Foi mal o pessimismo. Só vai mudar quando a periferia parar de votar em quem mata eles [sic]. Eu fico impressionado com um Bolsonaro ou Witzel, que fala que vai atirar na cabeça de alguém, e esse alguém vota nele. Como alguém fala que vai acabar com a violência matando o próprio povo? E o povo não vê que o alvo está bem na testa. É muito triste isso no Rio de Janeiro. Um cara como eu, com 52 anos, já perdi tantos amigos, não tenho nenhum amigo de infância, todos morreram. Era para sentar hoje e tomar uma cerveja todo mundo junto, falar das merdas que a gente fazia quando era moleque. Todos eles foram ou assassinados pela polícia ou assassinados em uma cidade como essa. Morrer é muito fácil. É triste demais o jeito que a segurança pública no Brasil, principalmente no Rio de Janeiro, é feita, em cima de assassinatos de jovens negros periféricos e que viram números. É revoltante. 

E como esse caos no cenário político e social do Brasil influencia no novo álbum do Planet Hemp?
Planet Hemp é sobre isso, né. É ritmo e raiva, a gente vai falar sobre isso. Temos um gap de 20 anos desde o nosso último disco de estúdio, o ‘A Invasão do Sagaz Homem Fumaça’, lançado em 2000. Comecei a pensar como o Planet Hemp é uma distopia. Se você volta 20 anos e fala pro Marcelo D2 ‘Ó, cara, daqui a 20 anos vai ter um fascista no poder, o povo vai estar na suas cuspindo em enfermeiro e a gente vai ter jornalista sendo agredido’. Eu ia falar: ‘Não, não, não. Não é possível’. Espero que agora seja aquele momento de voltar duas casinhas para andar para frente depois.

Seu Jorge (esq.) e Marcelo D2 durante programa 'Música Boa ao Vivo', no Multishow (Juliana Coutinho/Multishow)
Seu Jorge (esq.) e Marcelo D2 durante programa ‘Música Boa ao Vivo’, no Multishow (Juliana Coutinho/Multishow)

E como está a produção do novo disco?
A gente está tentando gravar esse disco há dois anos. Gravar em banda, ainda mais com cada um fazendo a suas coisas, é muito difícil. A gente teve um show na Bahia e conseguiu um estúdio no interior do estado, numa cidade chamada Santo Antônio do Bom Jesus. E fomos para um hotel fazenda com estúdio sinistro e conseguimos gravar 13 bases. E aí depois que a gente saiu de lá as ideias foram fluindo. Depois daquilo, resolvi chamar uma galera que já participou do Planet. O DJ Zegon, o Apolo, o Jackson, o Black Alien. E teve uma segunda etapa em São Paulo com essa galerinha, com novas músicas. A gente tinha um cronograma para entregar até este domingo, mas com essa pandemia não rolou. Eu acabei de montar esse set [em casa] e vou gravar as vozes que faltam. Mas também a gente não quer entregar o disco no meio dessa quarentena.  

Tem mais participações?
Criolo já gravou, Seu Jorge, chamei a Clarice Falcão e já está tudo certo. Encontrei com o Djonga, gosto dele pra caramba e acho que ele poderia somar ao disco.

E quando devem lançar?
A vontade é lançar em setembro, vamos ver se a gente consegue. Fizemos esse cronograma dentro da quarentena. 

Marcelo D2 no Twitch

Sábado (30) – DJ set/Cozinhando com a família
Domingo (31) – Fifa com os filhos
Terça (2) – ‘Eu Tiro É Onda’ – bate-papo sobre o disco com Zegon e DJ Nuts

ASSISTA À ENTREVISTA COM D2 E B NEGÃO EM 2019

 

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Festival João Rock remarca edição 2020 para setembro por causa do coronavírus https://lineup.blogfolha.uol.com.br/2020/04/01/festival-joao-rock-remarca-edicao-2020-para-setembro-por-causa-do-coronavirus/ https://lineup.blogfolha.uol.com.br/2020/04/01/festival-joao-rock-remarca-edicao-2020-para-setembro-por-causa-do-coronavirus/#respond Wed, 01 Apr 2020 16:30:03 +0000 https://lineup.blogfolha.uol.com.br/files/2020/02/joao-rock-2019-zeca-baleiro-320x213.png https://lineup.blogfolha.uol.com.br/?p=4701 O João Rock é mais um evento na lista de adiados por causa da pandemia do novo coronavírus. A 19ª edição do festival, que ocorreria em 6 de junho em Ribeirão Preto (interior de SP), foi remarcada para 12 de setembro.

“Queremos que o João Rock seja realizado em um momento em que acreditamos que o Brasil já terá superado os desafios”, afirma Luit Marques, um dos organizadores.

A ideia do festival é manter a programação anunciada em março. Além de uma homenagem ao Rio de Janeiro, foram anunciadas atrações como Gabriel, O Pensador, Cidade Negra, Marcelo Falcão, Barão Vermelho, Planet Hemp, Erasmo Carlos Nação Zumbi, CPM 22 —como os convidados Pitty, Paulo Miklos e Koala—, Djonga, Nando Reis, Humberto Gessinger, Natiruts, Titãs e BaianaSystem

“Conversamos muito com as bandas e todas apoiam nossa decisão. Estamos convencidos de que o momento é de prudência e que logo mais estaremos todos juntos no João Rock em setembro”, explica o outro sócio, Marcelo Rocci.

De acordo com a organização, os ingressos já adquiridos vão ser válidos para a nova data. Quem preferir o reembolso terá o valor integral de volta. Os detalhes sobre a devolução serão anunciados em breve nos canais oficiais do festival, diz comunicado.

Os tíquetes têm preços que variam de R$ 130 a R$ 590 e estão disponíveis no site oficial (joaorock.com.br).

A Covid-19 tem causado o cancelamento de diversos eventos musicais. Os Backstreet Boys, trazidos pela Live Nation ao país, tiveram de adiar a última apresentação que fariam em São Paulo e ainda não foi reagendada.

Já o Metallica teve as datas rearranjadas para dezembro —inicialmente seriam em abril. Enquanto o Kiss resolveu remarcar eventos de maio para novembro no Brasil.

Lollapalooza Brasilagendado para 3, 4 e 5 de abril, no autódromo de Interlagos (zona sul de São Paulo), foi reagendado para os dias 4, 5 e 6 de dezembro. As versões da Argentina e do Chile seguiram o mesmo movimento e, do fim de março, passam para o fim de novembro.

No Brasil, os sete shows da boy band inglesa McFly, que seriam em março, foram transferidos para setembro e outubro: São Paulo (24/9), Curitiba (25/9), Porto Alegre (27/9), Uberlândia (29/9), Ribeirão Preto (1º/10), Belo Horizonte (3/10) e Rio de Janeiro (4/10).

“Devido a consequências imprevisíveis da crise de saúde mundial e o alerta de pandemia de coronavírus da OMS, a turnê do McFly no Brasil foi adiada,” explicou a banda no Instagram.

A passagem conjunta de Offspring e Pennywise no Brasil, em março, também foi adiada por tempo indeterminado.

Coachella, um dos principais festivais do mundo, foi remarcado nesta semana. O evento na Califórnia seria realizado de 10 a 12 e 17 a 19 de abril. Agora, vai ser de 9 a 11 e de 16 a 18 de outubro.

As cantoras brasileiras Anitta e Pabllo Vittar são duas representantes do Brasil no lineup, que ainda conta com Rage Against the Machine, Travis Scott, Frank Ocean, Lana Del Rey e Fatboy Slim.

Performances de bandas como o Pearl Jam e da cantora Madonna também tiveram de ser canceladas.

O grupo liderado por Eddie Vedder adiou a primeira parte da turnê  Gigaton, que começaria em 18 de março e contaria com 17 shows na América do Norte.

Em Paris, Madonna seguiu a recomendação da polícia local e cancelou duas apresentações da turnê Madame X, em 10 e 11 de março.

O Ultra Music Festival, em Miami, o Tomorrowland Winter, em Alpe d’Huez (França), e shows de Bob Dylan no Japão também seguiram o caminho.

Festival João Rock 2020

Quando: 12 de setembro
Onde: Parque Permanente de Exposições (av. Orestes Lopes de Camargo, 350, Jardim Jóquei Clube, Ribeirão Preto-SP)
Quanto: R$ 130 a R$ 590
Mais informação: joaorock.com.br



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João Rock faz homenagem ao Rio com Planet Hemp, Gabriel, O Pensador e Erasmo Carlos https://lineup.blogfolha.uol.com.br/2020/03/17/joao-rock-faz-homenagem-ao-rio-com-planet-hemp-gabriel-o-pensador-e-erasmo-carlos/ https://lineup.blogfolha.uol.com.br/2020/03/17/joao-rock-faz-homenagem-ao-rio-com-planet-hemp-gabriel-o-pensador-e-erasmo-carlos/#respond Tue, 17 Mar 2020 13:45:57 +0000 https://lineup.blogfolha.uol.com.br/files/2019/06/GLA6800-320x213.jpg https://lineup.blogfolha.uol.com.br/?p=4664 O festival João Rock chega à 19ª edição com uma homenagem ao Rio de Janeiro, em 6 de junho, na cidade de Ribeirão Preto (interior de São Paulo). O evento anunciou nesta terça (17) que vai reunir no palco Brasil  Gabriel, O Pensador, Cidade Negra, Marcelo Falcão, Barão Vermelho, Planet Hemp e Erasmo Carlos.

Com a pandemia de coronavírus, a organização afirma que acompanha com atenção o caso e que, mesmo seguindo o cronograma de divulgação, se houver qualquer orientação das autoridades pode haver alteração na data. Os ingressos têm preços que variam de R$ 130 a R$ 590.

Na programação de 2020 estão previstos 20 shows. Dividido em duas estruturas para diminuir os intervalos entre as atrações, o palco João Rock conta com  Nação Zumbi, CPM 22 —como os convidados Pitty, Paulo Miklos e Koala—, Djonga, Nando Reis, Humberto Gessinger, Natiruts, Titãs, BaianaSystem e com um show inédito e exclusivo para o festival composto por Criolo ao lado de Emicida e Céu.

Já o Fortalecendo a Cena, que tenta impulsionar novos talentos e revelações, traz o casal rapper Cynthia Luz e Froid, que lançaram o álbum “Sol” no fim do ano passado, Poesia Acústica, Lagum, Matuê e Rashid, que terá a participação especial de Drik Barbosa e Lellê.

Em 2019, Marcelo D2, Emicida, Rael, Mano Brown, Alceu Valença, Pitty, Paralamas e Zeca Baleiro foram alguns dos que subiram aos palcos no interior paulista.

A cidade escolhida para ser homenageada foi Brasília. Por isso, por lá passaram também nomes como Raimundos, Natiruts, Capital Inicial e Plebe Rude.

Segundo a organização, foram cerca de 65 mil pessoas que assistiram a mais de 20 atrações no último ano.

Festival João Rock 2020

Quando: 6 de junho
Onde: Parque Permanente de Exposições (av. Orestes Lopes de Camargo, 350, Jardim Jóquei Clube, Ribeirão Preto-SP)
Quanto: R$ 130 a R$ 590
Mais informação: joaorock.com.br



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‘A má-vontade contra pobre, negro e gay impera. Chega a ser maldade’, diz D2 https://lineup.blogfolha.uol.com.br/2019/06/27/a-ma-vontade-contra-pobre-negro-e-gay-impera-chega-a-ser-maldade-diz-d2/ https://lineup.blogfolha.uol.com.br/2019/06/27/a-ma-vontade-contra-pobre-negro-e-gay-impera-chega-a-ser-maldade-diz-d2/#respond Thu, 27 Jun 2019 11:30:37 +0000 https://lineup.blogfolha.uol.com.br/files/2019/06/GLA6800-320x213.jpg https://lineup.blogfolha.uol.com.br/?p=3002 Marcelo D2 é um dos personagens mais ativos nas redes sociais atualmente quando se trata política. O comportamento reflete o que o vocalista do Planet Hemp fez com a banda desde 1993. Ao lado de B Negão, Formigão, Pedrinho e Nobru, ele se apresentou com o grupo no festival Forró da Lua Cheia, em Altinópolis (SP), na sexta (21).

“Não falo só da maconha, eu tenho muito pra dizer”, canta D2 em versos de “Fazendo a Cabeça”. Os momentos politicamente polarizados têm servido para os caras da banda expressarem mensagens em seus shows. O presidente Jair Bolsonaro e o ministro da Justiça, Sergio Moro, são os principais alvos no momento no palco. “Fascistas”, “milicianos” e “passa-pano” (graças aos áudios vazados do ex-juiz e Deltan Dallagnol) são algumas das palavras destacadas no palco.

“Não podemos entender só como política, esquerda e direita. A má-vontade contra pobre, negro, gays, qualquer tipo de minoria. Chega a ser uma coisa maldosa”, afirma D2 em entrevista ao Lineup.”Estamos em um momento político em que as pessoas têm que tomar atitude, as rédeas, não podemos deixar acontecer de novo o que aconteceu nas últimas eleições.”

ASSISTA À ENTREVISTA COM D2 E B NEGÃO

Após 10 anos sem fazer grandes shows juntos (em 2010 participaram de um especial da MTV), o Planet subiu ao palco do Circo Voador em 2012, umas das principais casas do Rio, para apresentar seu álbum de estreia, o “Usuário” (1995). O que era para ser só um show comemorativo acabou se tornando algo cada vez mais frequente e a reunião foi se mantendo ao logo dos anos, enquanto cada integrante toca seus projetos paralelos.

E justamente com o cenário atual do Brasil a banda acaba se inspirando, mesmo com alguns insultos nas redes sociais. “Estar sendo xingado por quem me xinga é um elogio. Essa galera que estava dentro do armário começou a sair e é exatamente sobre isso que a gente escreve”, afirma D2.

“De um tempo para cá a gente voltou a ser uma banda que quer criar algo novo, tá ligado? A gente está num momento político, econômico e social no país que envolve a temática do Planet e está pedindo”, diz D2.

“A gente está fazendo shows grandes, estamos tocando só músicas que já existem, a gente precisa faze coisa nova. Neste ano a gente vai lançar algo”, completa B Negão.

Recentemente eles encontraram letras perdidas feitas pelo ex-integrante Skunk, que morreu em 1994, e está nos planos ir a estúdio com elas. “Estamos tentando reacender o Planet Hemp”, indica D2.

Enquanto ele embarca nesta quarta (26) para a Europa, onde faz shows solo em países como Espanha, França, Inglaterra, o Planet se prepara para ir ao Velho Continente em outubro e novembro. Por ora, há eventos em Portugal, na Espanha, Holanda e Espanha.

B Negão (esq.) e Marcelo D2 em show do Planet Hemp no Forró da Lua Cheia, em Altinópolis (Indie Click/Divulgação)
B Negão (esq.) e Marcelo D2 em show do Planet Hemp no Forró da Lua Cheia, em Altinópolis (Indie Click/Divulgação)

 



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‘Daqui a 6 meses vai ter a campanha Moro Livre’, diz Chico César em festival https://lineup.blogfolha.uol.com.br/2019/06/24/daqui-a-6-meses-vai-ter-a-campanha-moro-livre-diz-chico-cesar-em-festival/ https://lineup.blogfolha.uol.com.br/2019/06/24/daqui-a-6-meses-vai-ter-a-campanha-moro-livre-diz-chico-cesar-em-festival/#respond Mon, 24 Jun 2019 11:00:28 +0000 https://lineup.blogfolha.uol.com.br/files/2019/06/WhatsApp-Image-2019-06-23-at-20.23.43-320x213.jpeg https://lineup.blogfolha.uol.com.br/?p=2983 Chico César fechou o festival Forró da Lua Cheia, em Altinópolis, neste domingo (23). O show do cantor paraibano foi bem animado, sem deixar temas políticos e de cunho social, como racismo e feminismo, de lado.

Um dos assuntos abordados por ele foi o governo Bolsonaro e seu ministro da Justiça, Sergio Moro. “Daqui a 6 meses vai ter a campanha ‘Moro Livre'”, disse aos risos durante a apresentação, fazendo alusão ao movimento “Lula Livre”.

Outra atração do festival que se lembrou de Moro e do presidente foi o Planet Hemp, que usou termos como “passa-pano” e “fascistas” em referência a eles na noite de sexta (21).

O ex-juiz teve conversas divulgadas com o procurador Deltan Dallagnol, coordenador da força-tarefa da Operação Lava Jato. Nos diálogos pelo Telegram, expostos pelo site Intercept, Moro surge falando sobre as investigações do esquema de corrupção, dando instruções e dicas a Dallagnol. Segundo a lei, o juiz não pode auxiliar ou aconselhar nenhuma das partes do processo.

“Eu acho que a vida dá muitas voltas e  que o herói de hoje pode ser o vilão de amanhã. Como Lula foi o herói de anteontem e virou o vilão de ontem”, afirma Chico César em entrevista ao Lineup.

“O vazamento é uma benção, as conversas é que são horríveis”, diz o artista. Para ele, não é bom você pensar que há um juiz combinando com promotores para impedir que uma pessoa, um cidadão, seja candidato à presidência da República para que um outro grupo possa ser.

“Temos um presidente eleito por fake news, mas não só. Por uma parcela muito preconceituosa e muito assustada da população que também teve sua cabeça feita por fake news”. Chico vê integrantes do governo despreparados e conservadores, como a ministra Damares Alves. “São pessoas muito conservadoras que não entendem bulhufas. O quinto escalação da política brasileira assumiu a ponta de lança.”

No repertório, Chico César traz canções alegres e de amor, mas que também fazem refletir e pensar em temas sociais. É o caso de canções como “Mama África”, “À Primeira Vista”, “Mand’ela” e “Negão”. Essa última foi cantada após um questionamento do cantor sobre a quantidade de negros em diversos lugares e tem trechos como: “Negam que aqui tem preto, negão/Negam que aqui tem preconceito de cor.”

“O Brasil é um país muito racista e muito violento”, afirma o cantor. Segundo ele, quando você tem as Forças Armadas metralhando uma família negra com 80 tiros isso diz muito sobre o racismo.

“Nós nunca vimos isso acontecer assim, da instituição governamental, que deveria proteger o cidadão, fazer isso com uma família branca”, diz. “E nem quero que isso aconteça, eu quero que isso pare de acontecer com as famílias negras. Parem de nos matar.”

Chico César no palco do festival Forró da Lua Cheia, em Altinópolis (SP) - Amon Borges - 23.jun.2019/Folhapress)Chico César no festival Forró da Lua Cheia, em Altinópolis (SP) (Amon Borges -23.jun.2019/Folhapress)

Chico observa que agora que cada vez mais os negros, para além das artes e dos esportes, estão falando, escrevendo, pensando, todos ficam surpresos. “Porque no geral há um lugar de pensar o Brasil que se colocou historicamente como um lugar dos brancos”, justifica.

O pensamento do artista segue a linha das ideias expressas por Elza Soares, que completou 89 anos neste domingo (23) e foi homenageada com a música “Pensar em Você” no show de Chico. A cantora, que se apresentou no primeiro dia de festtival, afirmou em entrevista ao Lineup que considera o Brasil “o país mais racista do mundo”. “Eu nasci negra. Eu confirmo, é o mais racista. Sou neta, bisneta de escravos. Minha mãe ainda pegou um pouco da escravatura. Para mim é tão recente minha mãe ter passado por isso.”



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Com pé quebrado, D2 faz show com Planet Hemp e critica Moro e Bolsonaro https://lineup.blogfolha.uol.com.br/2019/06/22/com-pe-quebrado-d2-faz-show-com-planet-hemp-e-critica-moro-e-bolsonaro/ https://lineup.blogfolha.uol.com.br/2019/06/22/com-pe-quebrado-d2-faz-show-com-planet-hemp-e-critica-moro-e-bolsonaro/#respond Sat, 22 Jun 2019 16:53:30 +0000 https://lineup.blogfolha.uol.com.br/files/2019/06/WhatsApp-Image-2019-06-22-at-13.35.29-320x213.jpeg https://lineup.blogfolha.uol.com.br/?p=2963 “Passa-pano” e “fascistas” foram algumas das definições que o Planet Hemp deu a figuras como o presidente Jair Bolsonaro e ao ministro da Justiça, Sergio Moro, em show nesta sexta (21). A banda foi a principal atração do dia no festival Forró da Lua Cheia, em Altinópolis (SP).

O vocalista Marcelo D2 subiu ao palco com o pé fraturado e fez parte do show sentado em uma cadeirinha de praia e com uma bengala. Ele quebrou o quinto metatarso, vulgo osso do dedinho, do pé esquerdo durante uma partida de futebol em 13 de junho, às vésperas do festival João Rock, em Ribeirão Preto. “Como o Neymar”, brinca ele no camarim antes do show.

Ao lado de D2, B Negão, Formigão (baixo), Nobru (guitarra) e Pedrinho (bateria) tocaram em uma noite fria do interior paulista, com estrelas e lua, clássicos da banda que começou a carreira no início dos anos 1990. “Legalize Já”, “Dig Dig Dig”, “Queimando Tudo”, “Contexto” e “Mantenha o Respeito” figuraram no  setilist.

ASSISTA À ENTREVISTA COM D2 E B NEGÃO

As mensagens das músicas seguem atuais e, com o momento político atual, a banda aproveitou para fazer discursos de protesto e resistência. O grito “Marielle presente” foi evocado por B Negão. No telão, “desmacarados” e “passa-pano” acompanharam imagens de Moro e Bolsonaro, uma referência a notícias de conversas do ex-juiz e procuradores da Lava Jato, reveladas pelo site Intercept.

“Estamos em um momento político em que as pessoas têm que tomar atitude, as rédeas, não podemos deixar acontecer de novo o que aconteceu nas últimas eleições”, diz D2, crítico assumido do atual governo, antes do show em entrevista ao Lineup.

O cantor é bastante ativo nas redes sociais e muitas vezes é insultado por apoiadores do presidente. “Estar sendo xingado por quem me xinga é um elogio. A gente está vendo um momento polarizado. Essa galera que estava dentro do armário começou a sair e é exatamente sobre isso que a gente escreve.”

D2 conta que segue na quarta-feira (26) para a Europa para uma série de shows para divulgar seu novo disco “Amar É para os Fortes”. Já em outubro toda a banda vai para o Velho Continente onde já tem apresentações marcadas em cidades como Madri, Lisboa, Porto e Amsterdã.

Além dos eventos no palco, B Negão e D2 afirmam que o momento político, social e econômico do país pede que eles voltem a ser uma banda mais ativa, criar algo novo. “A gente precisa fazer coisa nova nesta missão aí. Isso é certo. Neste ano a gente vai lançar algo, no mínimo um single”, afirma B Negão.

 

Marcelo D2 (esq.) e B Negão em show do Planet Hemp no festival Forró da Lua Cheia, em Altinópolis (SP) (Indie Clicks/Divulgação)
Marcelo D2 (esq.) e B Negão em show do Planet Hemp no festival Forró da Lua Cheia, em Altinópolis (SP) (Indie Clicks/Divulgação)
Forró da Lua Cheia

O tradicional evento em Altinópolis (a 343 km de São Paulo) chegou à 29ª edição e traz na programação nomes como Elza Soares, Ney Matogrosso, Chico César, Camisa de Vênus, Djonga e Xênia França.

O festival, que começou na quinta (20), tem shows até domingo (23). Os ingressos estão disponíveis no site oficial com preços a partir de R$ 40.

Forró da Lua Cheia 2019 (principais atrações)

Quinta (20 de junho)
Camisa de Vênus convida Vivi Seixas (Tributo a Raul Seixas)
Ilú Oba de Min convida Elza Soares
Carne Doce
Braza
Pequena Morte

Sexta (21 de junho)
Planet Hemp
Cao Laru
Ponto de Equilibrio
Samuca e a Selva
Monkey JAyahm
Tigre Dente de Sabre

Sábado (22 de junho)
Ney Matogrosso
Djonga
Circuladô de Fulo
Xênia França
Cuatro Pesos de Propina
Ekena

Domingo (23 de junho)
Chico César
Perê Piano
Folker’s
João Suplicy & Big Band na Gaveta

Festival Forró da Lua Cheia 2019

Onde: Hotel Fazenda Vale das Grutas (Antinópolis – SP)
Quando: 20 a 23 de junho
Ingressos: R$ 40 a R$ 430
Mais informação: festivalforrodaluacheia.com.br



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