Lineup https://lineup.blogfolha.uol.com.br Grandes shows e festivais de música no Brasil e no mundo Tue, 07 Dec 2021 13:09:52 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=4.7.2 Pessoas com cargo de decisão têm dever reparatório, diz Iza sobre racismo https://lineup.blogfolha.uol.com.br/2021/11/20/pessoas-com-cargo-de-decisao-tem-dever-reparatorio-diz-iza-sobre-racismo/ https://lineup.blogfolha.uol.com.br/2021/11/20/pessoas-com-cargo-de-decisao-tem-dever-reparatorio-diz-iza-sobre-racismo/#respond Sat, 20 Nov 2021 22:37:47 +0000 https://lineup.blogfolha.uol.com.br/files/2021/11/iza-320x213.jpg https://lineup.blogfolha.uol.com.br/?p=6156 Iza lançou nesta sexta (19) o clipe de uma nova música, a “Sem Filtro”. O single vem com uma pegada de R&B e fala sobre relações amorosas fugazes que fazem parte da vida, enquanto o vídeo tem uma estética com elementos futuristas, meio retrô, define a cantora.

Ela conta que teve inspiração em filmes nos quais não se via representada como uma mulher negra. De certa forma, indica, foi uma forma de se apropriar deste universo. “Eu sempre amei essa estética, ‘Matrix’, ‘Black Mirror,’ ‘Blade Runner’, ‘O Quinto Elemento’, e por ser um tema afetivo eu achei que cabia nessa situação”, afirma Iza em entrevista por videochamada ao Lineup.

Roteirizado por ela mesma e dirigido por Felipe Sassi, o clipe conta com a participação do marido da cantora, o produtor Sérgio Santos, com quem é casada desde o fim de 2018.

ENTREVISTA COM IZA

Com ele, Iza faz danças sensuais, no vídeo em que define como o mais sexual da carreira. “Eu nunca tinha feito isso, tanto que é por isso que meu marido tá no clipe… Eu sempre quis fazer uma cena assim, mas eu não sabia se ia conseguir sentar em outra pessoa, aí meu marido não teve muita opção.”

O clipe foi lançado na véspera do Dia da Consciência Negra (20 de novembro) e pouco mais de sete meses depois de divulgar “Gueto”, single que teve inspiração em Beyoncé e com que Iza resgatou suas raízes do subúrbio da zona norte do Rio.

Hoje ela é uma das celebridades mais influentes do Brasil, muito requisitada na publicidade e em grandes festivais, e sempre afirma que se considera uma exceção —coisa que ela diz triste de dizer. Isso envolve, evidentemente, o racismo. Ela observa ainda um grave problema, que causa mortes diariamente, e que há apenas mais discussão sobre o tema.

“Eu observo que a gente tem falado mais sobre isso, que isso é uma pauta que não entrava nas escolas, por exemplo”, diz. “Eu aprendi na escola que a princesa Isabel assinou a Lei Áurea e, como uma fada, tudo isso se transformou. E na verdade não foi isso que aconteceu, a gente não é ensinada da forma correta.”

As discussões sobre racismo em novembro se intensficam e Iza reitera o óbvio, mas que nem todos se dão conta: que empresas deveriam manter a luta antirracista o ano inteiro.

“Eu vejo muita gente falando sobre racismo, sobre igualdade, no mês de novembro, e aí passa novembro e não falam mais sobre isso”.

“É muito importante que os empregadores, que líderes, que pessoas que têm cargos de decisão entendam que, sim, temos um dever reparatório. E isso precisa ser uma consciência de todos”, afirma.

Iza falou ainda sobre a retomada de shows e uma turnê que está em planejamento. Ela já está confirmada para festivais grandes como o Rock in Rio, Rock in Rio Lisboa e o The Town, marcado para estrear em 2023 em São Paulo.

“A gente só não anuncia ainda [a turnê], porque estamos neste momento de tentar entender o que vai acontecer. Eu espero muito que a gente possa aglomerar numa quantidade legal de pessoas em segurança em breve.”

 



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Iza, Ney Matogrosso e MC Rebecca farão shows no Rock in Rio Lisboa https://lineup.blogfolha.uol.com.br/2021/10/04/iza-ney-matogrosso-e-mc-rebecca-farao-shows-no-rock-in-rio-lisboa/ https://lineup.blogfolha.uol.com.br/2021/10/04/iza-ney-matogrosso-e-mc-rebecca-farao-shows-no-rock-in-rio-lisboa/#respond Mon, 04 Oct 2021 14:00:21 +0000 https://lineup.blogfolha.uol.com.br/files/2019/11/iza-rock-in-rio-320x213.jpeg https://lineup.blogfolha.uol.com.br/?p=5924 Iza, Ney Matogrosso e MC Rebecca foram anunciados para shows no Rock in Rio Lisboa, que está marcado para os dias 18, 19, 25 e 26 de junho de 2022. Assim como no Brasil, a versão portuguesa do festival  também foi adiada por causa da pandemia de Covid-19 —seria em junho de 2020, depois passou para 2021 até ser redefinido para o próximo ano.

Os três brasileiros se unem a outras compatriotas antes confirmadas: Anitta e Ivete Sangalo. Projota e Giulia Be haviam sido anunciados antes do adiamento, entretanto ainda não figuram no lineup para 2022.

Em Portugal, já estão escalados também nomes como Foo Fighters, Post Malone, Jason Derulo, Black Eyed Peas, The National, Liam Gallagher, Duran Duran e A-Ha. (abaixo, veja a programação completa até o momento)

Os ingressos de Lisboa estão disponíveis no site oficial com preços que variam de 74 euros (R$ 460) a 121 euros (R$ 750).

No Brasil, o evento, que seria em 2021, teve de ser remarcado para os dias 2, 3, 4, 8, 9, 10 e 11 de setembro do próximo ano, no Parque Olímpico, onde é montada a Cidade do Rock.

Até o momento, o Rock in Rio divulgou nomes do palco Mundo, como Iron Maiden, Dream Theater, Megadeth e Sepultura + Orquestra Sinfônica Brasileira, que se apresentam no dia 2; Post Malone, Marshmello, Jason Derulo e Alok fazem show no dia 3; Justin Bieber, Demi Lovato e Iza, no dia 4; e Dua Lipa e Ivete Sangalo fecham o evento no dia 11.

Já no palco Sunset, as atrações confirmadas são Joss Stone, Corinne Bailey Rae, Gloria Groove e Duda Beat com shows marcados no dia 8 de setembro. CeeLo Green faz um tributo a James Brown em 10 de setembro, enquanto Ludmilla e Macy Gray se apresentam em 11 de setembro.

Os 200 mil ingressos colocados à venda em 21 de setembro estão esgotados. Por R$ 545, o Rock in Rio possibilita ao fã comprar sem saber toda a programação e depois escolher os dias de festival em que deseja ir. A seleção pode ser feita de 23 de novembro a 1º de abril, mês em que começa a próxima rodada de vendas.

Segundo a organização, essas entradas se esgotaram em tempo recorde: 1h28. Na edição de 2019, nesta fase de venda, os tíquetes acabaram em cerca de duas horas.

 

 

Programação Rock in Rio Lisboa 2022 (até agora)

18 de junho
Palco Mundo

Foo Fighteres
The National
Liam Gallagher

Galp Music Valley
Moullinex & Xinobi
Linda Martini
The Black Mamba

19 de junho
Palco Mundo
The Black Eyed Peas
Ellie Goulding
Ivete Sangalo
David Carreira

Galp Music Valley
Funk Orchestra
Bárbara Tinoco
Iza
Edu Monteiro

25 de junho
Palco Mundo
Duran Duran
A-Ha
Xutos & Pontapés
Bush

Galp Music Valley
Delfins
Ney Matogrosso

26 de junho
Palco Mundo
Post Malone
Anitta
Jason Derulo
HMB

Galp Music Valley
Mundo Segundo & Sam The Kid
MC Rebecca

Rock in Rio Lisboa 2022

Quando: 18, 19, 25 e 26 de junho
Onde: Parque da Bela Vista
Quanto: 74 euros (R$ 460) a 121 euros (R$ 750)
Mais informação: rockinrio.com

Rock in Rio anuncia Ludmilla, Macy Gray e CeeLo Green para shows em 2022



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Rock in Rio terá shows de Iron Maiden, Sepultura, Iza e Ivete Sangalo em 2022 https://lineup.blogfolha.uol.com.br/2021/08/19/rock-in-rio-tera-shows-de-iron-maiden-sepultura-iza-e-ivete-sangalo-em-2022/ https://lineup.blogfolha.uol.com.br/2021/08/19/rock-in-rio-tera-shows-de-iron-maiden-sepultura-iza-e-ivete-sangalo-em-2022/#respond Thu, 19 Aug 2021 23:43:56 +0000 https://lineup.blogfolha.uol.com.br/files/2020/12/iron-maiden-rock-in-rio-2019-anizelli-320x213.jpg https://lineup.blogfolha.uol.com.br/?p=5796 O Rock in Rio terá Iza e Ivete Sangalo como atrações do palco Mundo na edição de 2022. Iza fará show no mesmo dia em que Justin Bieber e Demi Lovato se apresentarão no festival, em 4 de setembro. Já a cantora baiana será um dos destaques de 11 de setembro.

A organização reconfirmou ainda os shows do intitulado dia do metal do evento, em 2 de setembro, com Iron Maiden, Dream Theater, Megadeth e Sepultura em uma dobradinha com a Orquestra Sinfônica Brasileira, também no palco Mundo. Essas bandas já haviam sido anunciadas antes do adiamento em 2021 por causa da pandemia de Covid-19.

evento na capital fluminense, que seria em 2021, teve de ser remarcado para os dias 2, 3, 4, 8, 9, 10 e 11 de setembro do próximo ano, no Parque Olímpico, onde é montada a Cidade do Rock.

Outros nomes como Living Colour com o guitarrista Steve Vai, no palco Sunset, e o DJ Alok também figuravam na lista de anúncios antes da remarcação, mas ainda não foram confirmados para 2022.

Na última edição, há dois anos, Iza fez uma bela apresentação no palco Sunset, que contou com um dueto com Alcione. Ivete esteve no palco Mundo e chamou a atenção com um show alegre em que entrou tocando bateria. “Queria mostrar minha porção roqueira”, disse ela ao Lineup após a apresentação.

Informações sobre venda de ingressos e preços tampouco foram divulgadas. Tradicionalmente, o festival dá início ao processo com o Rock in Rio Card, que possibilita ao fã comprar sem saber a programação e depois escolher os dias em que deseja ir.

A versão do festival em Lisboa também foi adiada —em 2020 e 2021— e passou para os dias 18, 19, 25 e 26 de junho de 2022.

Segundo a organização, as mudanças foram baseadas nas indefinições do cenário mundial da pandemia de Covid-19 e no fato de que não haveria tempo hábil para montar o festival in loco, em ambas as praças.

A última edição do Rock in Rio brasileiro reuniu atrações como Foo Fighters, Red Hot Chili Peppers, Seal, Emicida, Weezer, Anitta e Imagine Dragons.

Em Portugal, para a próxima edição, estão confirmados nomes como Foo Fighters, Post Malone, Jason Derulo, Black Eyed Peas, The National, Liam Gallagher, Duran Duran e A-Ha.

Entre os brasileiros, Anitta e Ivete Sangalo também já foram confirmadas.

Iza, Ney Matogrosso, Projota e Giulia Be haviam sido anunciados antes do adiamento, entretanto ainda não figuram no lineup para 2022.

 



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Inspirada por Beyoncé, Iza resgata raízes com ‘Gueto’ e diz que não é bom ser exceção https://lineup.blogfolha.uol.com.br/2021/06/04/inspirada-por-beyonce-iza-resgata-raizes-com-gueto-e-diz-que-nao-e-bom-ser-excecao/ https://lineup.blogfolha.uol.com.br/2021/06/04/inspirada-por-beyonce-iza-resgata-raizes-com-gueto-e-diz-que-nao-e-bom-ser-excecao/#respond Fri, 04 Jun 2021 10:00:41 +0000 https://lineup.blogfolha.uol.com.br/files/2021/06/iza-brasil-320x213.jpg https://lineup.blogfolha.uol.com.br/?p=5626 “Eu queria que as pessoas entendessem que não é legal ser exceção, entendeu?”, diz Iza, “cria lá do gueto”, como indica em um verso de sua nova música lançada nesta quinta (3). Na faixa intitulada “Gueto”, a cantora carioca apresenta seu sucesso atual, celebra conquistas e resgata suas raízes do subúrbio da zona norte do Rio.

“Não fala de ostentação, mas de ocupação”, diz por videochamada a artista, que passou parte da infância no bairro de Olaria. “Eu estou me vendo em lugares, assinando contratos, coisas que eu nunca imaginei que eu pudesse fazer. E quero que as pessoas saibam que a gente pode fazer, sim.”

E essa viagem por sua própria história teve como modelo o musical “Black Is King”, de Beyoncé. “Ela me inspirou muito para falar de onde eu vim, me encorajou muito. E isso é mágico. A libertação de você ter orgulho de falar quem é, de contar para o mundo quem você é.”

Para apresentar a canção, Iza fez um pocket show em parceria com a Devassa na noite desta quinta, transmitido pelo Instagram. O evento ainda foi levado para o ambiente offline, com a projeção na região de comunidades de sete capitais do país: São Paulo (Paraisópolis), Rio de Janeiro (Penha), Salvador (Alto de Ondina), Recife (Santa Luzia), Manaus (Av. Tarumã), Natal (Mãe Luiza) e Fortaleza (Parque Manibura).

Já o clipe de “Gueto” vai ao ar nesta sexta (4) e traz imagens lúdicas e coloridas para retratar a periferia —sacolé, banho de mangueira, orelhão e festa na rua estão entre os elementos presentes no vídeo.

Apesar das coisas alegres para representar a vida no subúrbio, ela não se esquece das dificuldades —como a violência— que fazem parte da realidade de todo mundo que mora na zona norte. “Eu acho que a gente tem sabido mais dessas situações ao mesmo tempo em que elas acontecem a todo momento. Crianças morrem na favela a todo momento.”

A cantora rememora situações durante as filmagens no Rio. “Tiroteio enquanto eu estava gravando na Penha, Nossa Senhora, parecia trilha sonora. É o tempo todo, faz parte da realidade de todo mundo que mora na zona norte. Eu morei em Olaria e sei muito bem o que é deitar no chão para não levar bala perdida. Precisamos falar sobre isso.”

“Gueto”, conta a artista, é a pontinha do iceberg do segundo álbum de sua carreira, com previsão de lançamento no segundo semestre deste ano. “Fala muito de mim. É a primeira vez que falo de mim na música. Além de “Dona de Mim”, claro, mas acho que essa é mais pessoal. Com certeza, acho que esse tempo todo dentro de casa, olhando só para a minha cara, tem que ter resultado.”

Eleita pela revista americana Time como uma das líderes da próxima geração, Iza tece duras críticas a quem promove aglomerações e participa delas durante a pandemia, que já matou quase 500 mil brasileiros. “E o que eu sinto quando eu vejo essas pessoas, sinceramente, é que está todo mundo morto por dentro. É tanta vontade de viver, que as pessoas estão correndo risco de morrer.”

“Eu não acho que todo mundo tem que fazer  como eu, não viajar, fazer Réveillon e Natal em casa. Mas eu acho que, sim, precisam ter responsabilidade sobre aquilo que postam.”

Com os ainda altos números de mortos e a vacinação atrasada, ela se diz consciente sobre a impossibilidade de grandes shows presenciais ainda em 2021. “Só vou voltar a ver meu público mesmo, a galera toda, 30 mil, 40 mil pessoas, só em 2022. Os principais festivais que eu tinha para fazer todos foram passados parao ano que vem.”

Tendo isso em vista e já pensando no lançamento do novo trabalho, Iza conta que já estuda possibilidades para entregar um bom espetáculo online para seus fãs.

Temas como racismo e representatividade seguem firmes na obra e no discurso de Iza. “Os ritmos mais ouvidos no país basicamente são negros e a gente não está se vendo por aí.”

Aos 30 anos, a carioca afirma que traz resquícios de insegurança de uma vida inteira por causa do racismo. “É muito difícil você se achar bonita quando você não se vê nos lugares. Quando você entende que a menina bonita da novela não é igual a você.”

“Eu não me achava bonita quando era criança. E eu não me achava bonita há até pouco tempo. Eu acho que foi na faculdade que eu comecei a me olhar de outra forma”, diz.

Aproveitando o espaço que conquistou, como parte do projeto para este ano, Iza vai juntamente com a Devassa caçar talentos em comunidades para gravar uma música. “A gente vai juntar forças, eu vou fazer algo que sempre quis fazer. Encontrar pessoas no Brasil pessoas incríveis para colaborar e tendo essa coisa da periferia, do subúrbio em mente.”

ABAIXO, VEJA ENTREVISTA COM IZA
Iza em cena do clipe 'Gueto' (Rodolfo Magalhães/Divulgação)
Iza em cena do clipe ‘Gueto’ (Rodolfo Magalhães/Divulgação)

 

PANDEMIA E PERSPECTIVAS

Eu acho que eu me sinto como qualquer brasileiro, né. Eu me sinto perdida na verdade. A gente está lidando com uma coisa que a gente nunca lidou antes. A todo momento aprende mais sobre a Covid. Às vezes, aquilo que a gente sabe sobre a Covid muda e a gente tem que atualizar essa informação, toda hora. Além disso, a gente não ter previsão nenhuma de quando vai voltar. A gente fica muito angustiada, muito apreensiva. 

Eu sei que aglomeração da forma como eu via antes vai demorar para acontecer. Então há uma coisa que já internalizei, sabe, só vou voltar a ver meu público mesmo, a galera toda, 30 mil, 40 mil pessoas, só em 2022. Os principais festivais que eu tinha para fazer todos foram passados para 2022. Então é nisso em que eu estou me baseando, na indústria. A gente não tem muita informação e isso é cada vez mais angustiante.

Preciso agradecer a Deus porque eu ainda faço outras coisas. Publicidade, as minhas músicas, gravo clipe. Tenho bastante coisa para fazer. Mas eu fico muito preocupada com outros artistas realmente ficam sem perspectiva. Estão sem trabalhar. Eu não estou falando só do dinheiro, estou falando de criar, de exercer de fazer aquilo que se ama.

FAMOSOS, POLÍTICOS E AGLOMERAÇÕES

Uma amiga, uma ex-amiga, veio falar comigo sobre uma personalidade que faleceu há pouco tempo, que fazia parte da vida de muitos brasileiros [Paulo Gustavo]. Ela veio me perguntar como é que eu estava, que ela está aglomerando todo semana. Não estou falando de ir à casa de um amigo, tomar um vinho. Eu estou falando de ir a festa mesmo, com 300, 400 pessoas. Estão indo para rua, estão aglomerando.

E o que eu sinto quando eu vejo essas pessoas, sinceramente, é que está todo mundo morto por dentro. É tanta vontade de viver, que as pessoas estão correndo risco de morrer. Se você não entende que as pessoas morrem sozinhas, sem ar, na fila, não são enterradas com dignidade… Não tem lugar para se despedir das pessoas que você ama. As pessoas fecham os olhos e não veem mais ninguém. Eu enterrei duas pessoas da minha família por Covid. Você não pode nem botar vidro na frente do caixão para olhar para a pessoa. Se nem essa morte tão cruel faz com que as pessoas entendam que isso é criminoso, para mim essas pessoas estão mortas por dentro.

Não tem o que falar, essas pessoas não têm mais empatia, não têm mais amor ao próximo. Essas pessoas não têm nem amor à própria vida. […] Eu acho que não só os políticos, mas eu trago isso para artistas também. Pessoas com muitos seguidores, pessoas que têm um público que as acompanham, que querem saber o que você pensa. Essas pessoas que estão aglomerando têm responsabilidades. Se você está aglomerando, se você tem seguidores e está filmando isso [aglomeração] você está contribuindo, sim.

O que te faz pensar que você vai viajar, que você vai para uma praia, e aí o trabalhador, que está pegando o trem lotado de segunda a sexta, não vai olhar para sua foto e sentir vontade de ir para a praia no fim de semana. Entre um ônibus lotado e uma praia, que é a céu aberto, o que ele vai preferir? É óbvio que as pessoas vão ser influenciadas por nossas atitudes. Eu realmente acho que quando a gente estimula esse tipo de aglomeração, quando a gente posta sobre, por mais que seja sua vida, eu realmente acho que isso tem um impacto naquilo que acontece na sociedade.

As pessoas dizem “Mas cada um faz o que quer”. Sim, as pessoas fazem o que querem, mas a gente não pode se isentar da nossa responsabilidade, saca? Eu não acho que todo mundo tem que fazer  como eu, não viajar, fazer Réveillon e Natal em casa. Mas eu acho que, sim, precisam ter responsabilidade sobre aquilo que postam. Já passou da hora. Tem gente que morre, literalmente, que tenta copiar alguma coisa que está na internet e se prejudica. A gente precisa, sim, saber que as nossas atitudes têm peso que influenciam as pessoas. 

Iza em cena do clipe 'Gueto' (Rodolfo Magalhães/Divulgação)
Iza em cena do clipe ‘Gueto’ (Rodolfo Magalhães/Divulgação)

LÍDER DA PRÓXIMA GERAÇÃO

Eu não costumo ficar analisando muito. Eu tento não me envaidecer com essas coisas. […] Eu sei que eu me orgulho muito do que eu fiz. O que eu digo é que se você fez os com carinho seus trabalhos, se você faz isso com verdade, no seu tempo, é bem provável que você toque o coração de outras pessoas também. Pelo menos é isso que eu tento fazer. Tenho muita paciência com o meu tempo, com os meus limites. Qualquer pessoa pode ser escrota se tiver no seu limite, qualquer pessoa vai errar se não tiver bem. Não estou falando que eu não erro… Tá vendo? Eu não consigo nem falar, Amon [risos]. Acho que eu tenho feito meu trabalho com muita verdade e fico feliz que as pessoas estejam reconhecendo. 

 

ASSÉDIO, MACHISMO E RACISMO

Eu já sofri muito assédio, já perdi o emprego por causa de assédio, já me demiti por causa de assédio. Já sofri racismo também, óbvio. Infelizmente essa é a realidade de todos os negros do país. Mas eu acho que tudo tem o meio termo. Eu acho que dá para estar na brisa e ser pesadona ao mesmo tempo [risos]. Tudo tem um meio termo. Não tinha como não falar sobre essas coisas, já que são tão marcantes na minha vida, são coisas que eu vivo. 

 

‘GUETO’ E O NOVO ÁLBUM

‘Gueto’ é a pontinha do iceberg, é a primeira música do próximo álbum, que está quase pronto. Já tem várias músicas, só falta selecionar quais [vão entrar. Só vai ganhar nome depois que eu escolher todas as músicas. ‘Gueto’ é uma boa introdução, tem muito do que vai rolar no álbum. Vai ter dancehall, reggae, R&B e trap, que é uma coisa de que eu gosto muito. Assim como “Dona de Mim” eu vou passear por vários estilos musicais, que é o que eu gosto de fazer. Eu acho que é um álbum muito brasileiro e tem muito a minha cara. […]

Não deve mudar muita coisa [nas letras]. Eu costumo dizer para as pessoas que eu sou a bandeira. Eu estar ali sentada no horário nobre… Eu já estou falando muita coisa só de estar ali, ocupando. Nada do que eu falo é proposital. Eu acabo falando sobre racismo porque são coisas que eu vivi, que eu não tenho como esconder, que faz parte da vida de todos os brasileiros. Então não tem muito como eu fugir disso. Isso seria muita hipocrisia da minha parte. É algo que eu sei falar de verdade. Eu vou trazer mais das minhas vivências. A gente vai continuar falando sobre isso até a gente mudar. As minhas músicas, por mais que não sejam políticas, falam para um recorte social muito especial que é o meu.

“Gueto” fala muito de mim. É a primeira vez que falo de mim na música, além de “Dona de Mim”, claro, mas acho que essa é mais pessoal. Com certeza, acho que esse tempo todo dentro de casa, olhando só para a minha cara, tem que ter resultado. Eu fiquei muito tempo comigo mesma. Eu enfrentei muita coisa que eu estava empurrando para debaixo do tapete. Na verdade, acho que vai ser algo mais maduro. Eu acho que quando a gente começa a falar mais de si, sem medo, eu acho que significa amadurecimento. 

BEYONCÉ, ANCESTRALIDADE E RAÍZES

É muito importante. Eu aprendi que não tem como eu falar para onde estou indo se eu não souber de onde eu vim. A gente se perde pelo caminho se a gente não sabe de onde veio. É muito importante fiNcar muito o pé no chão, as suas raízes. E deixar claro para as pessoas que debaixo das nossas tranças tem muita história para contar. Isso é muito mais do que estilo. Eu entendo que nosso cabelo faz sucesso hoje, mas isso faz parte do que a gente é, isso faz parte da nossa sobrevivência. A gente precisa contar a nossa história…

Eu não fazia ideia, por exemplo, que algumas mulheres escravizadas escondiam arroz nas tranças para poder alimentar as crianças em casa. Eu não aprendi isso na escola. Mas por que não? Se isso faz parte da história do meu país…. Então eu acho que a gente precisa contar já que não estão falando sobre. Acho que pessoas que têm um lugar de visibilidade deveriam considerar o que elas podem fazer em prol da comunidade para melhorar.

Assim como a Beyoncé fez ‘Black Is King’ ela me inspirou muito para falar de onde eu vim, me encorajou muitopara falar de onde eu vim. E isso é mágico. A libertação de você ter orgulho de falar quem é, de contar para o mundo quem você é. E eu espero muito que meu trabalho tenha um impacto assim na vida  de alguma pessoa. Porque com certeza o trabalho dela me impactou bastante, me inspirou bastante.

 

OSTENTAÇÃO X OCUPAÇÃO 

[‘Gueto’] Não fala de ostentação. Eu queria que as pessoas entendessem que fala de ocupação, sabe? Eu estou me vendo em lugares, assinando contratos, coisas que eu nunca imaginei que eu pudesse fazer. E quero que as pessoas saibam que a gente pode fazer, sim. Eu estou celebrando as minhas origens, eu estou saudosista de uma época em que a gente tinha a tranquilidade de andar na rua. Ao mesmo tempo você lembra desse momento que eu estou vivendo. 

 

REPRESENTATIVIDADE

Eu queria que as pessoas entendessem que não é legal ser exceção, entendeu? Eu não quero que as coisas sejam assim. É a primeira vez que fico falando de mim assim na música, mas não é sobre essa coisa de ser o primeiro lugar, de ser eu. É uma questão de abrir as portas para tanta gente incrível que faz a diferença na arte do país, que é vetor de mudança musical no país e que não tem lugar, não tem visibilidade.

É sempre importante bater nesta tecla. A gente precisa se ver nos lugares. A gente precisa se ver fora daquilo que a sociedade enxerga como estereótipo. Muitos que vieram antes da gente estão trabalhando há muito para abrir as portas pra gente. E agora a gente tem que trabalhar para arregaçar essa porta e deixá-la aberta. Precisamos trazer as pessoas para onde a gente está. Uma vez que você é exceção, e estou falando isso para os artistas, que você conseguiu furar o bloqueio, você tem a obrigação de trazer gente com você.

Não podemos esperar a sociedade abrir as portas, ficar falando “ai, gente, o quão importante é a representatividade”… A gente precisa ser vetor de mudança. Eu comecei a cantar [profissionalmente] com 25 anos, mas eu canto a minha vida inteira. Por que eu só tive coragem com 25? Eu canto desde criança em casa e eu nunca tive coragem de fazer isso, muito provavelmente porque eu nunca me via na TV. Quem eu via era completamente diferente de mim. Eu achava que não dava. Chega uma hora que você acha que não dá. Não importa. Se você não se vê nos lugares você vai achar que não dá. E isso precisa mudar.

Eu lembro que quando eu lancei “Pesadão” as pessoas ficaram falando “Ah, só tem negros no clipe”. E eu vou colocar só negro até as psesoas pararem de comentar isso, até issso parar de ser anormal. A gente tem obrigação de trabalhar essa ocupação.

Iza em cena do clipe 'Gueto' (Rodolfo Magalhães/Divulgação)
Iza em cena do clipe ‘Gueto’ (Rodolfo Magalhães/Divulgação)

IZA NÃO SE ACHAVA BONITA

É muito difícil você se achar bonita quando você não se vê nos lugares. Quando você entende que a menina bonita da novela não é igual a você. Quando você entende que a mocinha da novela não é igual você. Quando você vê uma capa de revista e tem três meninas e nenhuma delas se parece com você. Você realmente começa a achar que tem alguma coisa de errado. A gente precisa de estímulo visual, a gente precisa mesmo se ver nos lugares. Isso não é brincadeira.

A gente precisa olhar para um desenho animado, para uma mochila de uma criança, e se enxergar e entender que a gente faz parte do universo Então, não, eu não me achava bonita quando era criança. E eu não me achava bonita há até pouco tempo. Eu acho que foi na faculdade que eu comecei a me olhar de outra forma. Eu trago resquícios dessa insegurança da minha vida inteira até hoje. Minha equipe sabe aqui sabe que eu sou essa pessoa, mas eu ainda sou uma pessoa extremamente insegura. Não tem como não ser.

Isso é uma coisa que eu faço não só por mim, mas pelas outras meninas também. É importante que a gente tenha um modelo seguro feliz e contente consigo para que as pessoas se sintam felizes com elas mesmas. Isso é só um passo, porque eu não represento todas as mulheres negras. Até a gente começar a ver mulheres negras gordas, que não são caricatas, que não estão dentro desses papéis que são os únicos que a sociedade designa para elas, eu ainda acho que a gente tem muita coisa para fazer. 

REPRESENTAÇÃO DAS PERIFERIAS NO CLIPE
Acho importante, porque cada um tem uma visão muito peculiar, muito particular, do lugar de onde a gente mora. Eu vejo a zona norte de um jeito, o meu vizinho vê de outro jeito. Quem é de São Paulo vê a ZL [zona leste] de um jeito. Existem várias visões de Rio, de Brasil e essa é a minha visão.

Eu quis trazer uma parte lúdica. Eu tinha na minha infância a época em que a gente pintava o chão para a Copa, a gente cruzava a rua com bandeirinha, a gente fechava a rua para fazer festa de domingo. É uma coisa que acontece muito no subúrbio, você nem avisa a prefeitura. Simplesmente passa uma corda na rua e está fechada. Não passa caminhão, não passa ninguém. Eu quis trazer essa sensação boa de estar na zona norte, uma época em que a zona norte era mais cuidada, colorida. Era isso que eu via quando era mais nova. 

Projeção da live de Iza em prédio na região da favela Paraisópolis, na zona sul de São Paulo (Fábio H. Mendes - 3.jun.2021/Divulgaçao)
Projeção da live de Iza em prédio na região da favela Paraisópolis, na zona sul de São Paulo (Fábio H. Mendes – 3.jun.2021/Divulgação)

VOZ DO GUETO MAIS FORTE?

O que eu acho que tem acontecido é que com a internet a gente tem sabido mais de casos [como Jacarezinho, Ágatha, João Pedro]. As pessoas têm falado mais. Assim como existem os grandes veículos, há os veículos que foram feitos para poder dar formação para a galera da comunidade. As pessoas têm se organizado para passar as informações e se proteger dentro das favelas e comunidades.

Eu acho que a gente tem sabido mais dessas situações ao mesmo tempo em que elas acontecem a todo momento. Crianças morrem na favela a todo momento. Tiroteio enquanto eu estava gravando na Penha, Nossa Senhora, parecia trilha sonora. É o tempo todo, faz parte da realidade de todo mundo que mora na zona norte. Eu morei em Olaria e sei muito bem o que é deitar no chão para não levar bala perdida. Precisamos falar sobre isso.

Os ritmos mais ouvidos no país basicamente são negros e a gente não está se vendo por aí. Então é sobre isso que eu falo quando eu quero dizer ninguém cala ‘a voz do gueto’, sobre a gente se apropriar do que realmente é nosso. Ao mesmo tempo também traz esse lugar de revolta, de tristeza pelas vidas que foram perdidas. Mas de certa forma um levante para que a gente não não desista aqui a gente não deixe que nos calem. 

 

PRÓXIMOS PROJETOS

Eu estou focada em lançar meu próximo trabalho e buscar soluções audiovisuais para dar para a minha galera. Porque show só em 2022 mesmo. Eu já tenho certeza de que eu não vou conseguir fazer neste ano. Como a gente sempre tem show de lançamento de álbum, eu estou em formas criativas de entregar esse conteúdo para a galera, porque eu não quero deixar de fazer. Então, neste momento, é com isso que me preocupo ao máximo. Esse meu próximo álbum, que é minha maior expectativa de trabalho para agora, e como eu vou comunicar esse álbum. Eu acho que vou me dedicar bastante na constituição desse novo show para entregar isso da melhor forma possível ainda em 2021. Eu espero muito que tudo isso passe.



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Iza faz pocket show online para apresentar novo single ‘Gueto’ https://lineup.blogfolha.uol.com.br/2021/05/31/iza-faz-pocket-show-online-para-apresentar-novo-single-gueto/ https://lineup.blogfolha.uol.com.br/2021/05/31/iza-faz-pocket-show-online-para-apresentar-novo-single-gueto/#respond Mon, 31 May 2021 22:00:54 +0000 https://lineup.blogfolha.uol.com.br/files/2020/05/iza-rock-in-rio.jpg https://lineup.blogfolha.uol.com.br/?p=5615 Iza prepara um pocket show online na quinta (3) para apresentar seu novo single “Gueto”, que fica disponível nas plataformas de streaming no mesmo dia e tem um clipe lançado na sexta (4). A live será transmitida pelo Instagram da cerveja Devassa, às 21h.

A música traz a história pessoal da artista do Rio de Janeiro, palco do evento cujo objetivo é enaltecer sua origem e sua luta, além de inspirar outros talentos a ultrapassar barreiras.

Na sexta (28), a intérprete de “Dona de Mim” e outros hits foi eleita pela revista Time uma das líderes da nova geração. A publicação americana descreve a cantora como “um símbolo da nova era pela qual ela está lutando”.

O show “Gueto” marca o início de um projeto com a cantora e a Devassa. A iniciativa “Criatividade Tropical: Abre as Portas para o Gueto” vai buscar talentos criativos para cocriarem com Iza durante o ano.

“Estamos sempre buscando ressaltar a criatividade do brasileiro, e a história da Iza retratada neste novo single foi uma inspiração para buscarmos por talentos das comunidades brasileiras”, diz Vanessa Brandão, diretora de marketing das marcas mainstream do Grupo Heineken Brasil.

A influência de Iza tem sido a aposta de diversas marcas e ela tem sido figura presente na publicidade brasileira. Nesta terça (1º), por exemplo, há novidade. Criada pela agência BETC/Havas, ação da operadora Tim com a plataforma de música Deezer traz uma regravação de “Don’t Stop the Music”, de Rihanna, feita pela brasileira.



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Rael faz live com Iza, Emicida e Melim para show de lançamento de EP https://lineup.blogfolha.uol.com.br/2020/07/16/rael-faz-live-com-iza-emicida-e-melim-com-show-para-apresentar-ep/ https://lineup.blogfolha.uol.com.br/2020/07/16/rael-faz-live-com-iza-emicida-e-melim-com-show-para-apresentar-ep/#respond Thu, 16 Jul 2020 12:40:17 +0000 https://lineup.blogfolha.uol.com.br/files/2020/07/WhatsApp-Image-2020-07-15-at-13.42.27.jpeg https://lineup.blogfolha.uol.com.br/?p=4981 O rapper Rael vai receber Iza, Emicida e Melim em uma live neste domingo (19) com transmissão pelo seu canal oficial no YouTube, a partir das 18h.

Na ocasião, o cantor e compositor também conta com Kamau, Pentágono e Mariana Nolasco em uma apresentação que marca o lançamento do EP “Capim-Cidreira (Infusão)”, lançado há duas semanas.

Entre as novidades, por exemplo, estão as faixas “Rei do Luau” e Só Ficou o Cheiro”, com participações de Iza e Melim, respectivamente.

Acompanhado pelo DJ Soares e pelo músico Bruno Dupré, Rael estará em um galpão em São Paulo e a interação com os convidados se dará por meio de um telão de LED.

Além dos artistas, a tecnologia ajuda na projeção de uma plateia virtual composta for fãs.

O EP “Capim-Cidreira (Infusão)” traz seis  músicas e dá sequência ao disco mais recente de Rael, o “Capim-Cidreira”, lançado em setembro de 2019.

Mensagens de positividade e esperança acompanham esse processo de infusão do repertório, com versões acústicas e novas texturas, indica a produção.

“Vai ser um momento de passar por toda a minha história e também por algumas influências. Vou começar pelas músicas do Pentágono, depois dos discos-solo até entrar no momento do ‘Capim-Cidreira (Infusão)'”, diz Rael.

“Ainda estou definindo o roteiro, mas, além das minhas músicas, podem aparecer Lauryn Hill, Bob Marley, Vinicius de Moraes, Djavan… Vai ser um rolê grande”, afirma.



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Pandemia deixa claro que não estamos todos no mesmo barco, diz Iza sobre racismo e desigualdade https://lineup.blogfolha.uol.com.br/2020/05/21/pandemia-deixa-claro-que-nao-estamos-todos-no-mesmo-barco-diz-iza-sobre-racismo-e-desigualdade/ https://lineup.blogfolha.uol.com.br/2020/05/21/pandemia-deixa-claro-que-nao-estamos-todos-no-mesmo-barco-diz-iza-sobre-racismo-e-desigualdade/#respond Thu, 21 May 2020 06:00:12 +0000 https://lineup.blogfolha.uol.com.br/files/2020/05/iza-rock-in-rio.jpg https://lineup.blogfolha.uol.com.br/?p=4876 Iza já está há mais de dois meses em sua casa no Rio de Janeiro, cumprindo as orientações de autoridades e especialistas durante a pandemia do novo coronavírus. Desde 13 de março, conta a cantora , está isolada com seu marido, o produtor musical Sérgio Santos.

“Agora estou bem melhor. Nas primeiras semanas da quarentena eu estava surtando como todo mundo. Não é um momento fácil, é uma coisa que a gente nunca viveu antes”, diz Iza em entrevista por telefone ao Lineup. “A gente dispensou todo mundo que trabalha aqui para ficarem com as suas famílias.”

Um mês antes, em fevereiro, a artista carioca gravou em São Paulo o clipe da música “Let Me Be the One”, em parceria com o rapper americano Maejor e participação de diversos refugiados. Feito antes da quarentena, o novo trabalho faz parte da campanha “Be the One”, promovida pela fundação Humanity Lab com a ONU (Organização das Nações Unidas).

Segundo os organizadores, o movimento tem como finalidade incentivar pessoas a serem agentes de liderança em suas próprias comunidades, oferecer treinamentos e arrecadar doações para ajudar os mais carentes principalmente durante a crise de Covid-19. Além de dar mais visibilidade a refugiados e à diversidade.

A música já está disponível em plataformas de streaming, mas o vídeo será apresentado nesta quinta (21), às 14h, quando ocorre uma live com representantes das duas instituições e os dois cantores para um debate e pocket-shows. A transmissão será feita no YouTube, Facebook e Twitter da brasileira.

“A gente fala sobre empatia, respeito, abraçar as diferenças, sobre respeitar a individualidade de cada um, entendendo o que somos seres coletivos, a gente fala sobre consumo consciente, sobre o meio ambiente”, enumera Iza.

O lançamento da campanha, previsto inicialmente para 14 de março, ocorre em um momento de grande crise humanitária agravada pelo coronavírus.

“A gente vê muitas pessoas falando que a pandemia uniu todo o mundo. Para mim, a pandemia está deixando muito claro que não estamos todos no mesmo barco”, afirma a Iza. “Lá no início, quando eu comecei a doar cestas básicas, surgiram questões de que, por exemplo, a mãe não tem nem dinheiro para pagar o gás. Então de que vale aquela cesta?”

Para a artista, em momentos como esse, o negro é quem mais fica vulnerável. “Porque é a parte da população que não tem acesso à educação, não tem como se informar, não tem acesso à internet, não tem como saber o que está acontecendo, não tem acesso à saúde pública”, justifica.

Tendo em vista a desigualdade social e o racismo, Iza diz que tem um sonho. “Eu tenho muita vontade de ter uma ONG voltada para a capacitação de negros e inclusão no mercado de trabalho.”

Com a pandemia, shows pelo mundo foram adiados. Após anúncio de medidas restritivas, a cantora teve de adiar quatro apresentações —não são tantas, pois ela já tinha se preparado para tirar um curto período sabático, mais longe dos palcos. O Rock in Rio Lisboa, para o qual ela havia sido escalada em junho deste ano, foi remarcado para 2021.

A pausa na agenda, afirma, tem servido para reavivar hobbies —como desenhar— e amadurecer e criar projetos musicais. “Sempre gostei muito de trabalhos manuais, minha mãe é professora de artes. Desde criança eu faço miniaturas e desenho muito. Mas, desde que comecei a trabalhar com música, eu fui abduzida e nunca mais fiz isso.”

Iza prepara seu segundo álbum da carreira, o sucessor de “Dona de Mim (2018). A previsão inicial de lançamento com a Warner era no segundo mestre de 2020 —porém com a pandemia tudo pode mudar.

Leia entrevista com Iza e ouça a nova música:

Lineup – Como tem sido a quarentena? O que você tem feito que antes não conseguia, o que tem descoberto?

Iza – Agora estou bem melhor. Nas primeiras semanas da quarentena eu estava surtando como todo mundo. Não é um momento fácil, é uma coisa que a gente nunca viveu antes. E a gente está em casa sozinho, lidando com problemas que a gente evitava, vivendo nossa vida na correria. Com certeza é um privilégio, porque isso é uma romantização da quarentena, mas ao mesmo tempo não deixa de ser tenso. No primeiro momento, eu estava muito preocupada com o que a gente estava lidando, ninguém estava entendendo ao certo o que estava acontecendo, como se prevenir eu estava preocupada com os meus, estava triste, comecei a me cobrar por não ter passado mais tempo com a minha família antes. A gente começa a se questionar e a rever muita coisa. Acho que a quarentena tem me mostrado e reforçado para mim o que realmente é essencial e mostrando que a gente tem que ser paciente. Temos que sempre ter paciência com aquilo que a gente sente, a gente tem que respeitar nossas mudanças de humor, a gente tem que entender que não está fácil para ninguém.

Tem conseguido fazer novas músicas?

Então as primeiras semanas eu acho que foi um momento mais de questionamento e agora estou no momento mais produtivo. Eu estou conseguindo voltar a compor, criar coisas novas. Estou me preparando para os mais próximos lançamentos. Eu estou no meio desse lançamento [da música “Let Me Be the One”], que foi uma campanha extensa, que a gente super se dedicou para fazer a divulgação. Estou em contato comigo mais do que nunca em contato com a minha família mas do que nunca, por mais que estejamos todos longe um do outro. Então tem esses momentos de muita descoberta. Isso é um privilégio para muitas pessoas, poder romantizar a quarentena.

Desde quando está em casa?

Eu estou em casa desde o dia 13 de março. A gente dispensou todo mundo que trabalha aqui para ficarem com as suas famílias. Estamos eu e meu marido aqui há mais de dois meses. Estamos vivendo a vida de casal que a gente nunca viveu. A gente já tinha ficado bastante tempo juntos, mas nunca só nós dois dentro da nossa casa. Eu estou cada vez mais apaixonada pelo meu marido e ele por mim, a gente tem vivido momentos muito bons. De certa forma eu me sinto grata por poder conseguir fazer coisas que a gente não tinha feito antes, aproveitar essa intimidade que a gente não tinha desenvolvido antes como casal, que é importante pra todo mundo. 

E um dos seus hobbies é desenhar?

Eu sempre gostei muito de trabalhos manuais, minha mãe é professora de artes. Desde criança eu faço miniaturas e desenho muito. Mas, desde que comecei a trabalhar com música, eu fui abduzida e nunca mais fiz isso. Então desde que eu comecei a quarentena tenho feito.

Que tipo de desenhos?

Eu gostava muito de desenhar roupas e objetos, como sapatos, brincos. Antes eu queria fazer desenho industrial para poder desenvolver essas coisas. Depois eu quis fazer arquitetura porque eu sempre gostei de miniatura de casa. Mas graças a Deus eu nunca fiz nada disso, porque eu ia ficar muito puta se eu tivesse me aplicado tanto em cálculo, que é um negócio que eu odeio, para depois virar cantora. Eu acabei fazendo comunicação, consegui usar essa coisa visual, ser diretora de criação antes e comecei a cantar. Eu gosto de miniaturas de casas, de coisinhas… Eu não deveria, mas vou te mostrar, Amon [risos]. É uma coisa que tem me ajudado a me conectar com a Isabela [nome de batismo] de antes. A minha mãe está muito feliz porque ela está vendo a Isabela que ela não vê há muito tempo. É uma coisa que me relaxa e me ajuda a pensar em música, por incrível que pareça. Eu consigo relaxar, me desligar, Começar a pensar em coisas que eu gostaria de fazer musicalmente. 

Por falar em relaxar, um período mais difícil, há algumas semanas você fez um post sobre saúde mental e recebeu apoio de muitos fãs, já que muita gente se viu em situação parecida à do seu relato…

Aquela mensagem foi fruto de uma conversa com uma mãe, eu passei o dia inteiro na merda, eu estava muito mal naquele dia. Eu acordei mal e aí para melhorar a gente tenta entender porque está mal. E aí eu não tinha motivo aparente, físico, não tinha acontecido nada específico para me deixar mal. E na verdade a gente está vivendo uma pandemia. Quando a gente viveu isso? Quando a gente achou que viveria? No Brasil a gente tem isso, achamos que nunca nada vai chegar aqui. Sempre [o brasileiro] fica olhando as coisas acontecerem ao redor do mundo. Acha que está morando em um território neutro, em que nada vai acontecer. E chegou aqui. A gente começa a se questionar, começa lidar com emoções das quais a gente estava fugindo. É muito complicado. Você começa o dia bem, vê alguma notícia e fica muito mal, daqui a pouco você ser você se força a ficar bem, e aí alguém te manda uma mensagem você fica com medo e daqui a pouco você fica ansioso. Você vê as pessoas trabalhando, malhando e você se se sente improdutivo. E na verdade a gente tem que passar por isso da forma que a gente puder passar. Precisamos respeitar a nossa individualidade, a gente tem o nosso tem o nosso tempo e não está fácil pra ninguém. Tem gente que disfarça maravilhosamente bem, mas não está fácil para ninguém. Então eu fiquei feliz, porque eu sou uma pessoa muito reservada, você sabe, mas eu fiquei muito feliz de falar sobre aquilo que era algo que realmente estava acontecendo comigo e ver que várias pessoas se viram naquela situação. É uma realidade todo mundo. 

A campanha foi planejada antes do período de pandemia, trata de desigualdade, de refugiados, de preconceitos contra minorias. Mas ela acaba sendo lançada em um momento em que se encaixa bem. Qual a mensagem que a música nova tenta passar?

Exatamente isso. A gente gravou em fevereiro, a gente ia lançar dia 20 de março, só que no dia 14 de março parou tudo e a gente não sabia como ia fazer. Como é uma galera envolvida tinha muita burocracia até remarcarem tudo, demorou para entender como ia lançar. A gente fala sobre empatia, respeito, abraçar as diferenças, sobre respeitar a individualidade de cada um, entendendo o que somos seres coletivos, a gente fala sobre consumo consciente, sobre o meio ambiente. E o bizarro como realmente tudo se aplica a este momento. Eu fico feliz de poder levar essa mensagem através da música, que é o que eu mais amo fazer, e essa campanha fala sobre isso. ‘Be the One’ convida e faz com que pessoas entendam que se você quer mudar o mundo, se que você quer proteger a natureza, você precisa olhar para você e entender de que forma você pode se adequar a isso, da melhor forma. O que eu quero dizer é como você pode mudar, como você pode realmente cobrar de uma forma mais justa considerando o que é aquilo que você cobra é aquilo que você vive. A música tem essa mensagem de incitar que as pessoas sejam a diferença, a gente canta aquela canção para que cada pessoa empodere, cante aquilo, que você pode ser aquele que vai levar um sorriso, alguém que vai acolher outra pessoa.

Na gravação vocês contracenaram com alguns refugiados, homossexuais, negros… Teve alguma história que te marcou?

Isso foi muito especial, porque a grande maioria das pessoas que estavam ali no cast eu conheci ali, naquele momento. A gente se conheceu ali, mas eu já sabia das histórias deles porque tinham me passado. A Thereza [Brown, drag queen, performer e beauty stylist que cresceu em Osasco]  eu já conhecia havia bastante tempo, ela está sempre comigo. Mas o bonito do clipe foi ver gente da Síria, da República do Congo, da China, da Venezuela, cada um falando um idioma mas todo mundo se entendendo de certa forma. As pessoas preocupadas em interagir, interessadas em saber as histórias um dos outros. Elas estavam se sentindo importante porque sabiam que elas tinham sido escolhidas por aquele motivo. Ver o sonho de cada pessoa é muito importante e essa mensagem que a gente quer passar. Eu sempre falo muito da Thereza, porque é mais do que uma questão social, é pessoal. Eu a conheço, quem me apresentou foi a Glória Groove em uma festa na casa dela, quando a gente podia fazer festa [risos]. Desde então a Thereza está nos bastidores de todos os meus clipe, e poder colocá-la na frente da câmera foi um presente especial para mim.

Iza grava clipe de “Let Me Be the One” com o rapper Maejor; música faz parte da campanha “Be the One”, uma parceria da fundação Humanity Lab com a ONU (Rodolfo Magalhães/Divulgação)
Iza grava clipe de “Let Me Be the One” com o rapper Maejor; música faz parte da campanha “Be the One”, uma parceria da fundação Humanity Lab com a ONU (Rodolfo Magalhães/Divulgação)

Nos EUA, o número de negros mortos por causa da Covid-19 é grande e desproporcional. No Brasil, não foge muito disso. Como você avalia a situação, em que as desigualdade ficam mais evidentes?  

A gente vê muitas pessoas falando que a pandemia uniu todo o mundo. Para mim, a pandemia está deixando muito claro que não estamos todos no mesmo barco. Lá no início, quando eu comecei a doar cestas básicas, surgiram questões de que, por exemplo, a mãe não tem nem dinheiro para pagar o gás, então de que vale aquela cesta? A gente fala sobre se higienizar e lavar as mãos, mas tem gente no alto do Complexo do Alemão que não tem água na bica. Então cadê a igualdade? E acho que essa pandemia só deixou mais clara a disparidade social. E eu fico muito feliz por estar envolvida nesta campanha porque mais da metade dos refugiados no Brasil são negros também, vivendo em condições de vulnerabilidade. Vai além da questão física, as pessoas moram em lugares onde não é possível fazer o distanciamento social, porque uma casa termina praticamente dentro da outra. Fica claro que em momentos como esse a população negra é a mais vulnerável nesse sentido, porque é a parte da população que não tem acesso à educação, não tem como se informar, não tem acesso à internet, não tem como saber o que está acontecendo, não tem acesso à saúde pública. É importante ressaltar a importância da criação de políticas públicas que incluam essas pessoas.Não só nesses momentos de pandemia.

E você tem vontade de ter uma ONG própria? Como seria esse projeto?

Eu tenho muita vontade de fazer isso. Eu trabalhei com audiovisual, me formei em publicidade na PUC e acho que no total no curso éramos algo como 12 negros . Éramos muito poucos considerando a quantidade total de alunos. Eu sempre tive muita vontade de me ver muito mais nesses lugares. Então eu tenho muita vontade de ter uma ONG voltada para a capacitação de negros e inclusão no mercado de trabalho. Por meio de parceiros, com a minha própria influência no mercado e até pela possibilidade de trazer essas pessoas para trabalharem comigo. É um projeto que eu estou desenhando com muito cuidado, mas que acho que é necessário. Eu fico muito feliz de falar sobre isso, porque talvez tenha gente também que se inspire em ter um projeto parecido em várias áreas. O meu é voltado para artes entretenimento e audiovisual, mas precisamos de projetos como esse em todas as áreas. 

Alguma previsão?

Por enquanto não principalmente nesse momento de pandemia.

Antes do Rock in Rio 2019, falamos sobre sua vontade de ter uma carreira internacional. Agora você fez mais uma parceria com um americano em campanha da ONU, está escalada para o Rock in Rio Lisboa, teve música com Ciara, shows nos EUA. Como está este cenário para você? 

Eu tenho parcerias no radar, mas eu sempre dou meus passos de uma forma muito cuidadosa. Como a arte envolve exposição, eu sempre tomo muito cuidado com as coisas que eu vou fazer. Neste momento de quarentena eu tenho conseguido tratar projetos, fazer conexões e criações com quem eu sempre quis. Mas eu não sei se isso seria uma carreira internacional. Eu penso na carreira como um todo e se eu tiver oportunidade de colaborar com artistas que não são brasileiros e que eu admiro eu não vou deixar isso passar. Eu vou com certeza querer fazer isso acontecer. Então é provável que isso aconteça, que eu faça parceria com outras pessoas, como Maejor e Ciara. Mas eu não sei se a princípio eu chamaria isso de carreira internacional. Eu chamaria isso de uma pessoa muito feliz com essa possibilidade de que a música tem me proporcionado.

Algum nome de parceria?

Por enquanto não, Amon [risos]

 

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Iza, Ney Matogrosso e Projota farão shows no Rock in Rio Lisboa https://lineup.blogfolha.uol.com.br/2020/02/05/iza-ney-matogrosso-e-projota-farao-shows-no-rock-in-rio-lisboa/ https://lineup.blogfolha.uol.com.br/2020/02/05/iza-ney-matogrosso-e-projota-farao-shows-no-rock-in-rio-lisboa/#respond Wed, 05 Feb 2020 20:46:16 +0000 https://lineup.blogfolha.uol.com.br/files/2019/11/iza-rock-in-rio-320x213.jpeg https://lineup.blogfolha.uol.com.br/?p=4412 O Rock in Rio Lisboa anunciou mais alguns nomes brasileiros em sua versão europeia: Iza, Ney Matogrosso, Projota, Giulia Be e a banda Ego Kill Talent vão estar no palco Galp Music Valley. Anitta e Ivete Sangalo já haviam sido divulgadas como atrações do palco Mundo.

A versão portuguesa do evento que nasceu no Rio, em 1985, será realizada nos dias 20, 21, 27 e 28 de junho, no parque da Bela Vista, em Lisboa. A programação tem sido divulgada aos poucos e os ingressos custam a partir de 69 euros (R$ 320). A compra pode ser feita pelo site oficial.

Por ora, já foram anunciados também nomes como Foo Fighters, Post Malone, Black Eyed Peas, The National, Liam Gallagher e Camila Cabello (abaixo, veja as datas).

Iza foi um dos destaques do festival no Rio de Janeiro em 2019. Ela subiu ao palco e fez uma parceria histórica com Alcione, cantando “Não Deixe o Samba Morrer” e “Chain of Fools”, sucesso na voz de Aretha Franklin.

Anitta, por sua vez, fez sua estreia na franquia de Roberto Medina justamente na cidade lusitana em 2018. Na ocasião, a artista declarou “Dia história para todos os funkeiros“. No último ano, ela subiu ao palco na capital fluminense.

Ivete Sangalo volta ao evento pela nona vez —ou seja, esteve em todas as edições portuguesas do festival. Assim como Anitta, Ivete se apresentou no Brasil em 2019 com um show bem animado.

Ela começou a performance sentada à bateria com um solo no instrumento. “Queria mostrar minha porção roqueira”, disse em entrevista ao Lineup após o show.

A última edição em solo português levou artistas como Bruno Mars, Bastille, Katy Pery, Muse, The Killers e Chemical Brothers.

Rock in Rio Lisboa 2020

20 de junho

Palco Mundo
Black Eyed Peas
Camila Cabello
Ivete Sangalo
David Carreira

Galp Music Valley

I Love Baile Funk
Rolézinho
Iza
Bárbara Tinoco
Cafúne
Roda de Samba

21 de junho

Palco Mundo
Foo Fighters
The National
Liam Gallagher

Galp Music Valley
Xinobi
Incubus
The Black Mamba
Ego Kill Talent
El Columpio Asesino
Doctor Pheabes

27 de junho

Galp Music Valley
Delfins
Ney Matogrosso

28 de junho

Palco Mundo
Post Malone
Anitta

Galp Music Valley
DJ BIG
Mundo Segundo & Sam the Kid
Plutonio
Projota
Giulia Be
Grognation

 



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Com Anitta, Iza e Alok, Planeta Atlântida divulga programação por dia https://lineup.blogfolha.uol.com.br/2020/01/10/com-anitta-iza-e-alok-planeta-atlantida-divulga-programacao-por-dia/ https://lineup.blogfolha.uol.com.br/2020/01/10/com-anitta-iza-e-alok-planeta-atlantida-divulga-programacao-por-dia/#respond Fri, 10 Jan 2020 17:02:18 +0000 https://lineup.blogfolha.uol.com.br/files/2020/01/anitta-320x213.jpg https://lineup.blogfolha.uol.com.br/?p=4298 O Planeta Atlântida anunciou nesta sexta-feira (10) a programação de sua 25ª edição dividida pelos dois dias de festival, que será realizado em  31 de janeiro e 1º  de fevereiro, na praia de Atlântida, em Xangri-Lá, litoral norte do Rio Grande do Sul.

Como de costume, o evento aposta em uma escalação bem variada quando se fala em gêneros musicais. O megaevento abraça eletrônico, pop, funk, sertanejo, reggae, rap, pagode e rock.

Anitta, Iza, Alok, Natiruts, Kevin O Chris, Kevinho, Raimundos, Fresno, Luan Santana e Gusttavo Lima estão entre os principais nomes da programação (abaixo, veja a lista de atrações).

O lineup conta com uma grande estreia estrangeira. O DJ holandês Don Diablo, já eleito como o sexto melhor DJ pela revista DJ Mag, desembarca no Brasil para o festival.

Os ingressos ainda disponíveis custam de R$ 200 a R$ R$ 1.060 e ficam disponíveis no site oficial.

Planeta Atlântida – por dia

Sexta-feira (31 de janeiro)
Dennis DJ
Don Diablo
Kevin O Chris
Luan Santana
Dilsinho
Iza
Kevinho
Vitor Kley
Lagum
Di Ferrero
3030
Gabriel Elias
Neto Fagundes
Batalha Aldeia versus Olimpo
DJ Coch
DJ Milkshake
DJ Saulit
DJ Tito Veloso
Hot Players
Dropping
Laypold
Nicolas Walter
Sifra
Sidoka
Zifi
Cristal
Rafo

Sábado (1º de fevereiro)
Alok
Anitta
Natiruts
Gusttavo Lima
Dado & Bonfá tocam Legião Urbana
Raimundos
Melim
Fresno
Matuê
Vitão
Poesia Acústica
Jão
ADR
Ariel B
Chernobyl

Heitor
Johnny420
Khalif
Lilo
Mari Krüger
Syon

(Veja trechos de shows pelo mundo)

Planeta Atlântida 2020

Onde: Saba (av. Interbalneários, 413,  praia de Atlântida, Xangri-lá, RS)
Quando:
 31 de janeiro e 1º de fevereiro de 2020
Ingressos:  
R$ 200 a R$ 1.060
Mais informações: 
planetaatlantida.com.br

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Iza fará show em festival feminino com Kylie Minogue e Linn da Quebrada em SP https://lineup.blogfolha.uol.com.br/2020/01/07/iza-fara-show-em-festival-feminino-com-kylie-minogue-e-linn-da-quebrada-em-sp/ https://lineup.blogfolha.uol.com.br/2020/01/07/iza-fara-show-em-festival-feminino-com-kylie-minogue-e-linn-da-quebrada-em-sp/#respond Tue, 07 Jan 2020 18:28:34 +0000 https://lineup.blogfolha.uol.com.br/files/2019/11/iza-rock-in-rio-320x213.jpeg https://lineup.blogfolha.uol.com.br/?p=4256 A cantora Iza está confirmada no festival Grls!, que terá a primeira edição nos dias 7 e 8 de março de 2020, no Memorial da América Latina (zona oeste de São Paulo).

Ela se junta a Linn da Quebrada e a Kylie Minogue, a primeira atração confirmada. A cantora e atriz australiana é famosa por hits como “Can’t Get You Out of My Head” e “Come Into My World” e por defender direitos sociais. Ao ter um câncer de mama diagnosticado, em 2005, atuou em campanhas de conscientização e prevenção para mulheres de todo o mundo.

A ideia do evento é, segundo a organização, reconhecer, valorizar, transformar e celebrar o papel das mulheres na cultura.

Na programação, além dos shows nacionais e estrangeiros a serem anunciados, haverá palestras, oficinas e rodas de conversa.

“Pensamos em um festival feito por mulheres e não-binários, mas que crie uma discussão para todos os gêneros. Queremos fazer pensar, refletir e também conectar todas as pessoas”, diz em nota Paola Wescher, diretora artística da Time for Fun e sócia da Popload, que estão à frente do projeto.

Informações sobre venda e preço dos ingressos ainda não foram divulgadas.

Festival Grls!

Quando: 7 e 8 de março de 2020
Onde: Memorial da América Latina
Quanto: não divulgado
Mais informação: festivalgrls.com.br



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