Zélia Duncan lança clipe no Mês da Visibilidade Lésbica e faz live

A cantora e compositora Zélia Duncan, 56, lança nesta quinta (26), às 18h, o clipe de “Medusa”, que mostra desfechos nem sempre felizes em relacionamentos entre mulheres. A novidade da artista carioca se dá no Mês da Visibilidade Lésbica, celebrado em agosto, quando também faz uma live com um pocket-show e uma conversa sobre o processo criativo do vídeo. A transmissão vai ser no Instagram nesta sexta (27), às 19h, nos perfis @ihateflash e @zeliaduncan.

Com 40 anos de carreira, Zélia traça uma comparação com a figura da mitologia grega, com cabelo de serpentes, que transforma em pedra quem a olha. A cantora relaciona essa petrificação da personagem a sentimentos de solidão e incapacidade após um término doloroso.

“Durante a feitura do clipe descobri que minha maior Medusa sou eu mesma. Só que não posso me deixar paralisar, pois o mundo me espera do lado de fora. O clipe me deu outras dimensões”, diz Zélia Duncan.

Zélia Duncan é casada com a designer e artista plástica Flávia Soares e, em 2021, se mudou para São Paulo para morar ela e também lançou o álbum “Pelespírito”, em maio.

Dirigido por Clarissa Ribeiro, do coletivo I Hate Flash, e pelo artista Lorre Motta, o clipe da música do álbum “Tudo É Um” (2019) teve de ser adiado e adaptado por causa da pandemia de Covid., virando uma animação 3D.

“É uma alegria especial ver o clipe estrear depois de tantos percalços, incluindo a pandemia que nos impediu de fazer a ideia original, de um clipe presencial, que já estava com roteiro pronto”, afirma a cantora. “O processo foi difícil e, por conta da distância forçada, demorou ainda mais.”

Para Clarissa Ribeiro, diretora e montadora do I Hate Flash, o resultado traz a sensação de dever cumprido. “Estamos muito felizes e satisfeitos com o resultado e com a excelente equipe que formamos, contando com grandes nomes como a artista gráfica Bárbara Cani, também mulher lésbica”, diz.

Já Lorre Motta, artista da Baixada Fluminense, diz que a mudança de planos para um clipe totalmente em 3D foi um grande aprendizado. “Ser tão jovem e vir de uma realidade onde me parecia impossível ocupar a posição de diretor é, de fato, a realização de um grande sonho. E agora todos podem embarcar nessa viagem conosco”, afirma.


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