A vida do jovem negro não tem muito valor no Brasil, diz Marcelo D2 após morte de João Pedro

Marcelo D2 está em quarentena em sua casa no Rio de Janeiro desde 13 de março, conta ele, após participar de uma apresentação de Moacyr Luz e Samba do Trabalhador no Circo Voador, tradicional casa de shows carioca, na noite anterior.

Desde então, afirma o rapper de 52 anos, tem tentado fazer coisas criativas. “A ideia é sempre procurar uma coisa nova pra fazer. É meta de vida. A procura vai  mais do que a batida perfeita”, diz o vocalista do Planet Hemp, ao telefone, em referência a uma de suas canções da carreira solo, “À Procura Da Batida Perfeita”.

Depois de algumas lives nas últimas semanas, D2 estreia neste sábado (30) um canal no Twitch para transmissões ao vivo feitas em diversos cômodos de sua residência —com bate-papo, música, games e gastronomia. A primeira será um DJ set, a partir das 12h, na cozinha ao lado de sua companheira e produtora Luiza Machado e seus filhos.

O rapper carioca tinha dado um tempo das redes sociais, de onde se afastou ‘por uns quatro meses’, diz. Na internet ele se mantinha bastante ativo e crítico a políticos como Jair Bolsonaro e seus apoiadores. “Eu saí porque não dava mais para discutir isso, a gente está no momento político muito difícil, não é possível que as pessoas querem caminhar nesse caos.”

“E, meu irmão, como é que a gente vai discutir com uma família dessas? Não dá pra entrar no campo deles. Qualquer pessoa sã não consegue uma discussão com o Carluxo ou com o próprio Bolsonaro. Eles são malucos.”

Mas D2 voltou, de cabeça mais fresca, conta, e não exatamente será menos combativo nesta volta virtual, seguindo com sua arte como resposta. “Vou falar o que eu gosto de falar, tentar fazer o que eu gosto de fazer. Só vou tentar não falar ‘vai tomar no cu’, ‘fascista filho da puta’”, afirma rindo.

No combate ao novo coronavírus, ele observa um governo federal omisso. “Já viu eles falando alguma coisa a não ser cloroquina?”

Foi de casa também que D2 acompanhou notícias sobre a morte de João Pedro, jovem negro de 14 anos assassinado durante uma operação de policiais enquanto brincava no quintal com seus primos em São Gonçalo, no Rio. “A vida no Brasil não tem muito valor, principalmente a vida do negro, principalmente a vida do jovem negro.”

“É triste você ver uma realidade assim, é triste pra alma. Eu não consigo nem imaginar o que o pai desses sente ao ver o filho ser assassinado desse jeito”, afirma o pai de quatro filhos —Stephan, 28, que também é rapper, Lourdes, 20, Luca, 18, e Maria Joana, 15.

O período em casa também tem sido aproveitado para finalizar o novo disco do Planet Hemp, com previsão de lançamento para setembro.

Haverá participações de nomes como Black Alien, Seu Jorge, Criolo e Clarice Falcão. D2 ainda indica a vontade de ter o rapper mineiro Djonga no novo trabalho do grupo. “Gosto dele pra caramba e acho que ele poderia somar ao disco.”

D2 também afirma que haverá uma live do Planet Hemp em breve, com data a definir.

LEIA ENTREVISTA COM MARCELO D2
Rapper Marcelo D2 em sua casa (Reprodução)
Rapper Marcelo D2 em sua casa (Reprodução)

Lineup – Como tem sido a quarentena para você? Está isolado?
Marcelo D2 –
Eu participei de um show no Circo Voador, no dia 12 de março. Eu sei que a quarentena aqui no Rio começou numa terça-feira, mas a gente na sexta-feira [anterior] já deu um toque de recolher aqui em casa e começou a ficar preso. Desde então tentando fazer alguma coisa criativa, gravando as vozes para o disco do Planet. Agora achei essas lives para fazer, além das lives musicais. É um movimento que está rolando de ‘react’, que é para a galera trabalhar.

Muitos shows cancelados?
Pois é. A galera de audiovisual está bem ferrada. É foda porque eu quase não passava nenhum fim de semana em casa, agora já estou dois meses em casa. Tá brabo [risos]. A gente vive disso, tá ligado? De shows. É dali que sai o meu sustento, mas eu ainda até que consigo me virar com as lives. Mas a galera da minha equipe está bem ferrada, equipe técnica, roadie, engenheiro de som… Para profissional liberal está bem difícil. É difícil porque a gente não tem um planejamento do governo. A gente não tem algo que nos fortaleça, só parece que está no caos, parece que não vai melhorar nunca. 

Você seguiu a onda das lives e agora vai fazer uma série de transmissões em casa…
A ideia é sempre procurar uma coisa nova pra fazer. É meta de vida. A procura vai  mais do que a batida perfeita. A ideia de procurar novos caminhos. Eu acho que mesmo quando a gente sair da quarentena essa coisa das lives não vai sumir. Descobri essa nova plataforma Twitch, uma plataforma bem usada no mundo dos games. Ela te dá a condição de se fazer tudo. É quase como todas as plataformas dentro dela, transmissão ao vivo, chamar gente, fazer a live, colocar animação tudo muito fácil, intuitivo. Eu acho que tudo isso é muito novo para quem trabalha com arte. Esse tipo de live [só com música] não me seduz muito, como se tivesse fazendo show em casa. A minha ideia é fazer algo diferente. Eu tenho bastante coisa em casa, livro, vídeo, sou um cara que me considero bem antenado, que vê o que está acontecendo e o que aconteceu, e eu queria dividir isso com a galera. 

E como vai ser essa sua sequência de lives?
Eu vou começar a fazer três nesta semana. No sábado (30), eu vou fazer um DJ set comigo cozinhando, com a família, com minha companheira Luiza e meus filhos. No domingo (31), eu vou jogar um “Fifa” com os filhos, aproveitando que é uma plataforma bem usada por games. E durante a semana eu estou muito a fim de bater papo com a galera. Eu acabei de receber um vinil do ‘Eu Tiro É Onda’ [primeiro álbum solo dele lançado em 1998] e eu vou bater um papo na terça-feira com o DJ Zé Gonzales e com o DJ Nuts para falar histórias sobre como foi gravado, fazer um faixa a faixa, talvez cantar algumas músicas desse disco também.

Marcelo D2 em sua casa no Rio (Ricardo Borges - 11.jul.2017/Folhapress)
Marcelo D2 em sua casa no Rio (Ricardo Borges – 11.jul.2017/Folhapress)

E o que te atraiu no Twitch?
Eu tenho visto alguns caras fazendo umas live de que eu tenho gostado muito. Esse sentido que Twitch tem de comunidade me fez lembrar muito do MySpace, de como a galera interage com o artista. Eu acho que ali eu vou poder conversar com a minha rapazeada. Diferente das outras redes sociais, que está tudo infestado de ódio, não tem pra onde fugir muito. 

Quais caras, por exemplo?
O [DJ] Zegon e DJ Nuts estão fazendo lives a sextas, sábados e domingos que são incríveis. Quando eu soube do Twitch e a galera falou desse senso de comunidade, eu pensei: ‘O Instagram também é, o Facebook também é’. Mas quando eu fui lá e participei da live como telespectador foi incrível. Eu achei que estava no bar com os caras tocando e no chat todo mundo conversando. Em vez de ter 2 milhões de pessoas assistindo, você tem 5.000 pessoas  a fim de trocar ideia sobre aquilo, interagir, fazer um papo render. Tem um outro cara chamado Kenny Beats. É um produtor de rap [americano. Ele recebe alguns rappers, mostra beats, produz na frente da galera. As lives dele são muito dinâmicas, e ele fica lá quase sei horas. Eu me senti no estúdio com o cara.

Antes da quarentena por causa do coronavírus, você tinha feito outra espécie de quarentena e dado uma pausa nas redes sociais. Por que fez isso?
Avisei a minha galera que ia dar um tempo. Eu saí uns dois meses antes da quarentena, fiquei uns quatro meses fora. Eu saí porque não dava mais para discutir isso, a gente está no momento político muito difícil, não é possível que as pessoas querem caminhar nesse caos. Foi avisado, a gente bateu de frente, é um governo que está emparelhando tudo. A Polícia Federal parece que está virando do Bolsonaro, fascismo dando dominando, ódio pra caralho, eu estava ficando doente, eu queria sair daquele mundo ali. Não estou a fim mais de ficar batendo de frente, discutindo com fascista. Tem uma frase que diz “fascismo não se debate, fascismo se destrói”. Essa galera que dominou a redes sociais. Você dar bom dia e a pessoa responde “bom dia o caralho, seu maconheiro“. 

Acha que está pior?
É bem sinistro isso que a gente está vivendo. Eu fico muito muito triste. Eu vivi minha vida pautado em esperança. Eu nasci no meio da ditadura militar. Todo mundo do meu meio tinha esperança de que aquilo ia acabar, íamos ter “Diretas já”. Logo depois a gente começou a montar a banda, uma esperança de que a gente ia fazer um mundo melhor foi me pautando. A gente teve um presidente que veio do povo, o Lula, que causou aquela esperança toda. Agora querem que as minorias se fodam, que as minorias se adaptem, como diz o chefe lá [Bolsonaro]. Os negros têm que engolir o racismo e ficar quietos, as mulheres que apanharam que fiquem quietas. Os LGBTs que apanhem e fiquem quietos. Isso é muito desesperançoso. E eu também estava fazendo o disco do Planet Hemp e eu não queria fazer um disco-resposta e me contaminar com tanto ódio.

Por que resolveu voltar às redes?
Acho que minha cabeça está mais calma agora, acho que se quiserem brigar comigo vão ter que vir pro meu campo da cultura, falar de arte, falar de amor. Não estou mais a fim de discutir sobre ódio, de xingar, de mandar bater, não dá. Esse tipo de coisa tem que virar as costas e falar ‘não dá’. Os caras criam fake news de todo mundo a toda hora. É um Brasil que mostra uma cara muito triste. Tomara que isso mude. A minha grande dúvida é: ‘O Brasil é o Brasil de depois da ditadura, que tentou caminhar para um país contemporâneo, livre e democrático, ou normal do Brasil é o que estamos vivendo agora? Ódio e preconceito…

Você pretende ser menos combativo nas redes?
Não, vou falar o que eu gosto de falar tentar fazer o que eu gosto de fazer. Só vou tentar não falar ‘vai tomar no cu’, ‘fascista filho da puta’ [risos]. Tem um poema do Arnaldo Antunes, que ele fala que não é poema, feito em 2018 nas eleições mais ou menos assim: “De que adianta esfregar na cara dessa gente todo o mal dele se é exatamente disso que elas gostam nele? De que adianta falar que ele é racista, que ela é fascista, que ele é um ditador se é exatamente disso que elas gostam nele?”. Eu vou mudar essa abordagem. O governo é tão idiota que ele mesmo está se batendo. A gente não tem mais cobertura [jornalística] no Planalto porque a imprensa não pode estar lá porque apanha. A gente está em quando 1940? Quando iríamos imaginar que em 2020 a gente ia ver imprensa apanhando na rua, gente pedindo a volta da ditadura, que no meio da pandemia ia ter gente cuspindo enfermeiro. É muita maluquice.

Como você avalia o papel dos governos federal, estadual e municipal no combate ao coronavírus?
O governo federal nem toca nesse assunto. Já viu eles falando alguma coisa a não ser cloroquina? A gente viu vídeo da reunião ministerial e os caras não tocaram no assunto saúde. A única vez que tocaram no assunto foi quando falaram para ‘passar na boiada’ [fala do ministro Ricardo Salles sobre regras ambientais]. Os governadores estão tentando fazer alguma coisa. Eu tenho um desafeto danado com o Doria, mas acho que ele está tentando governar um estado para que morra menos gente, para que a economia sofra menos. O Witzel está no mesmo instinto do Doria. Mas estão tentando fazer campanha, é foda. E você vê que tem gente desviando dinheiro no meio da pandemia. É algo inacreditável. Por isso meu foco é a arte, arte de combate.

Você acha que a democracia corre risco com Bolsonaro no poder?
A gente nunca teve uma democracia plena. A democracia está por um fio. Ele está aparelhando a Polícia Federal, aparelhando tudo para trabalhar pra ele. A gente está vivendo um momento muito delicado. Não tem imprensa livre. A democracia é uma palavra quase extinta no Brasil.

Um nome que tem criticado bastante o governo e influenciado gente mais jovem é Felipe Neto. Ele até cobrou todos os artistas a se posicionarem? “Acabou a passada de pano. Influenciador que não se manifesta agora é cúmplice”. Concorda com ele?
Ele tem toda a razão. Tenho conversado com o Felipe de vez em quando, é um moleque super importante neste momento. Concordo muito com o que ele está falando, mas é muito difícil, porque as pessoas ficam doentes. A gente tem que saber quem se posiciona e quem está tirando o pé porque não quer ficar doente. E, meu irmão, como é que a gente vai discutir com uma família dessas [Bolsonaros]? Não dá pra entrar no campo deles. Qualquer pessoa sã não consegue uma discussão com o Carluxo [Carlos Bolsonaro] ou com o próprio Bolsonaro. Esses caras são malucos, são perigosos, eles acabam com a vida dos outros. Os caras se apossaram da bandeira brasileira, fazendo propaganda nazista com a bandeira brasileira. Existem maneiras e maneiras de lutar, eu voltando para internet vou continuar fazendo arte de combate, mas vou falar de arte. Pelo menos eu vou tentar. Estou falando no meu ‘day one’, mas daqui a cinco dias talvez eu volte e esteja agarrado no pescoço de um fascista [risos]. Sangue de barata ninguém tem, né. 

Felipe Neto ressaltou que recebeu ameaças, que teve até que mandar a mãe para fora do país. Você não sofre ameaças?
Eu recebi ligações, tinha aqueles bots no Twitter também quase todo dia. Eu saí [das redes] por causa disso. Existe ameaça e desejo, na real. Tinha muita gente falando ‘espero que seus filhos morram’. A minha companheira [Luiza] recebeu uma ameaça de morte no Instagram em meados de fevereiro. Começaram a ligar e fiquei bem preocupado. ‘Você vai acabar morrendo se não sair do lado dele’. A gente pensou em dar parte na polícia, mas não fomos. Logo depois veio a pandemia e a gente está em casa. Esse é o tipo de política de miliciano. 

Em entrevista o diretor Spike Lee disse: ‘É 2020, e pessoas pretas e pardas continuam a ser fuziladas como animais’. Nos últimos dias, tivemos mais um episódio com o menino João Pedro. Como você reagiu a esse assassinato e como observa a violência contra minorias, em periferias, o racismo no Brasil atualmente?
Só de tocar nesse assunto já estou com olho cheio de lágrimas. Essas coisas me doem muito. Eu lembro de quando eu tinha uns 7, 8 anos, e vi no Jornal Nacional um moleque roubando um cordão de uma pessoa em frente à Central do Brasil. Ele saiu correndo e foi atropelado por um ônibus. Eu fiquei muito chocado com aquilo porque a sociedade pensou que aquilo era normal: ‘Bem feito. Roubou, morreu, pagou’. De lá pra cá, você começa a perceber que esse tipo de coisa é normal. A vida no Brasil não tem muito valor, principalmente a vida do negro, principalmente a vida do jovem negro. É triste você ver uma realidade assim, é triste pra alma. Eu não consigo nem imaginar o que o pai desses sente ao ver o filho ser assassinado desse jeito.

O que precisa para mudar?
Eu falo disso numa música: ‘O lugar de onde eu vim, tá tudo fora do lugar, e a única certeza que eu tenho é que isso nunca vai mudar’. Foi mal o pessimismo. Só vai mudar quando a periferia parar de votar em quem mata eles [sic]. Eu fico impressionado com um Bolsonaro ou Witzel, que fala que vai atirar na cabeça de alguém, e esse alguém vota nele. Como alguém fala que vai acabar com a violência matando o próprio povo? E o povo não vê que o alvo está bem na testa. É muito triste isso no Rio de Janeiro. Um cara como eu, com 52 anos, já perdi tantos amigos, não tenho nenhum amigo de infância, todos morreram. Era para sentar hoje e tomar uma cerveja todo mundo junto, falar das merdas que a gente fazia quando era moleque. Todos eles foram ou assassinados pela polícia ou assassinados em uma cidade como essa. Morrer é muito fácil. É triste demais o jeito que a segurança pública no Brasil, principalmente no Rio de Janeiro, é feita, em cima de assassinatos de jovens negros periféricos e que viram números. É revoltante. 

E como esse caos no cenário político e social do Brasil influencia no novo álbum do Planet Hemp?
Planet Hemp é sobre isso, né. É ritmo e raiva, a gente vai falar sobre isso. Temos um gap de 20 anos desde o nosso último disco de estúdio, o ‘A Invasão do Sagaz Homem Fumaça’, lançado em 2000. Comecei a pensar como o Planet Hemp é uma distopia. Se você volta 20 anos e fala pro Marcelo D2 ‘Ó, cara, daqui a 20 anos vai ter um fascista no poder, o povo vai estar na suas cuspindo em enfermeiro e a gente vai ter jornalista sendo agredido’. Eu ia falar: ‘Não, não, não. Não é possível’. Espero que agora seja aquele momento de voltar duas casinhas para andar para frente depois.

Seu Jorge (esq.) e Marcelo D2 durante programa 'Música Boa ao Vivo', no Multishow (Juliana Coutinho/Multishow)
Seu Jorge (esq.) e Marcelo D2 durante programa ‘Música Boa ao Vivo’, no Multishow (Juliana Coutinho/Multishow)

E como está a produção do novo disco?
A gente está tentando gravar esse disco há dois anos. Gravar em banda, ainda mais com cada um fazendo a suas coisas, é muito difícil. A gente teve um show na Bahia e conseguiu um estúdio no interior do estado, numa cidade chamada Santo Antônio do Bom Jesus. E fomos para um hotel fazenda com estúdio sinistro e conseguimos gravar 13 bases. E aí depois que a gente saiu de lá as ideias foram fluindo. Depois daquilo, resolvi chamar uma galera que já participou do Planet. O DJ Zegon, o Apolo, o Jackson, o Black Alien. E teve uma segunda etapa em São Paulo com essa galerinha, com novas músicas. A gente tinha um cronograma para entregar até este domingo, mas com essa pandemia não rolou. Eu acabei de montar esse set [em casa] e vou gravar as vozes que faltam. Mas também a gente não quer entregar o disco no meio dessa quarentena.  

Tem mais participações?
Criolo já gravou, Seu Jorge, chamei a Clarice Falcão e já está tudo certo. Encontrei com o Djonga, gosto dele pra caramba e acho que ele poderia somar ao disco.

E quando devem lançar?
A vontade é lançar em setembro, vamos ver se a gente consegue. Fizemos esse cronograma dentro da quarentena. 

Marcelo D2 no Twitch

Sábado (30) – DJ set/Cozinhando com a família
Domingo (31) – Fifa com os filhos
Terça (2) – ‘Eu Tiro É Onda’ – bate-papo sobre o disco com Zegon e DJ Nuts

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