Festival supera chuva e faz pré-Carnaval com Emicida, Pabllo Vittar e Duda Beat em BH

A forte pancada de chuva no fim de tarde do sábado (8) que atingiu Belo Horizonte assustou, mas nada que o festival S.E.N.S.A.C.I.O.N.A.L! não tenha superado. A oitava edição do evento reuniu na esplanada do Mineirão cerca de 20 mil pessoas, que puderam assistir a um pré-Carnaval com diversidade de estilos e gerações.

Nomes como Emicida, Pabllo Vittar, Duda Beat, Elba Ramalho, Baianasystem, Rosa Neon e Hot & Oreia foram escalados para este ano.

No início da tarde, a Nação Zumbi subiu ao palco com sucessos de uma carreira de 30 anos. “Maracatu Atômico”, “Quando a Maré Encher” e “Manguetown” estiveram repertório da banda que encarou a primeira leva de água mais forte do dia no palco Bud.

O tempo abriu e no mesmo espaço a dupla mineira Hot & Oreia levou seu rap crítico e animado aos fãs. Eles pularam, fizeram careta e desceram para a galera durante a faixa “Xangô”, com uma introduçãozinha em que pediam respeito ao candomblé e às mulheres.

O Rosa Neon se apresentou na sequência. O trio formado atualmente por Luiz Gabriel Lopes, Marcelo Tofani e Marina Sena é outro nome importante que vem despontando no cenário da música mineira. Com pegada pop, entoaram músicas como “Ombrim”, “Fala Lá pra Ela” e “Piou”, com a participação de Hot & Oreia.

O trio deixou o palco instantes depois de um temporal na capital mineira, o que levou a atrasos nos shows seguintes.

A banda carioca Biltre, composta por Arthur Ferreira, Diogo Furieri, Vicente Coelho e Claudio Serrano, levou um pop descontraído e dançante ao público de Minas. E, como participação especial do show, a cantora Letrux.

As novas figuras contrastam com o peso de atrações como Emicida, que recebeu Pabllo Vittar no palco,  BaianaSystem, Elba Ramalho com Chico César e Duda Beat com Gaby Amarantos (e Pabllo Vittar, anunciada de última hora), além de Liniker ao lado de Johnny Hooker.

O Bloco Sargento Pimenta também ajudou dar mais cara de Carnaval ao evento.

Chico César (esq.) e Elba Ramalho no festival S.E.N.S.A.C.I.O.N.A.L! 2020 (Divulgação)
Chico César (esq.) e Elba Ramalho no festival S.E.N.S.A.C.I.O.N.A.L! 2020 (Divulgação)

A oitava edição do festival, que nasceu em 2010 na capital mineira, marcou seu retorno, após uma pausa em 2019. As letras da sigla —que também formam a palavra “sensacional”— significam Simpósio de Empreendedorismo Nada Sensato Articulado no Cenário Internacional e Organizado por Nossos Amigos Legais!

Neste ano, a ideia foi trazer uma reflexão bem-humorada para o dilema: ainda é preciso dizer o óbvio? Com deboche e na folia se declara “terra-redondista” e afirma que “sim, a Terra é redonda”.

“Ao se autonomear ‘terra-redondista’, o S.E.N.S.A.C.I.O.N.A.L! dialoga com questões atuais, como negação da ciência e as fake news, de forma satírica. Uma forma de posicionamento dentro do espírito festivo e colorido do Carnaval”, diz Victor Diniz, sócio da Híbrido Comunicação e Cultura, que produz o S.E.N.S.A.C.I.O.N.A.L!, ao lado d’A Macaco.

“Esse viés ‘político-fanfarrão’ sempre caracterizou nosso festival, justamente por termos florescido junto com a retomada do Carnaval de rua e de luta da cidade, 10 anos atrás.”

 


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