Filhos DJs de Raul Seixas, Rita Lee e Baby do Brasil e Pepeu Gomes tocam em festival
Kriptus Gomes, 34, Vivi Seixas, 38, e João Lee, 39, se consideram primos. Os três se dedicam a basicamente o mesmo ofício: são DJs. Mas a boa relação não é apenas pela profissão em comum. “Aqui já é uma relação de família. Como nossos pais se conheceram há muito tempo quando a gente se encontra é uma coisa muito natural”, diz Kriptus. Os pais deles, no caso, são os artistas Baby do Brasil e Pepeu Gomes, Raul Seixas e Rita Lee, respectivamente.
Os três “primos” se apresentaram na madrugada deste domingo (23) no festival Forró da Lua Cheia, em Altinópolis, a 343 km de São Paulo. Vivi e João investem no house, enquanto Kriptus abre mais o leque e aposta no techno, house, “um pouco de tudo”, diz ele que nas picapes surge é conhecido como DJ Nytron.
Pelo sucesso que seus pais fizeram na música, eles contam que há uma cobrança inevitável sobre eles, mas que já tiram de letra, não é nenhum peso. “Nós estávamos conversando sobre isso hoje. Fizemos uma terapia em grupo”, brincam.
O fato de não trabalhar com o mesmo estilo musical dos pais é visto como uma vantagem por João. “Então é um pouco mais difícil a comparação, mas existe, não tem como não existir”, afirma.
O paulistano tem mais de metade da vida dedicada à música eletrônica —já são pouco mais de 20 anos desde que ele iniciou, conta. “Quando eu comecei a música eletrônica não era assim. Mas se eu tivesse começando hoje, com a quantidade de holofotes que tem de mídia, acho que seria um pouco mais difícil”, diz sobre as comparações com a mãe roqueira.
Kriptus observa que os fãs dos pais passam a admirar nosso trabalho. “É um carinho diferente do nosso público”, conta.
“Acho que hoje em dias os fãs aprenderam a respeitar mais”, diz a filha do Maluco Beleza. Mas, no começo, ela afirma que ouvia questionamentos do tipo “Como assim você não toca guitarra? Você não canta?”. “Os fãs eram muito apegados a essa ideia do rock.”
Nas apresentações de Vivi, algo praticamente inevitável é não escutar o famoso bordão “Toca Raul!”. E geralmente ela costuma atender a esses pedidos. No festival Forró da Lua Cheia, por exemplo, “Sociedade Alternativa” figurou no repertório.
Ela ainda participou de uma homenagem a Raul no festival no palco com Camisa de Vênus.
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