Rainha da sofrência pop, Duda Beat faz show com Erasmo Carlos em Brumadinho
Duda Beat fez uma parceria inusitada durante show no segundo dia do festival MecaInhotim, realizado em Brumadinho (MG). Neste sábado (18), a rainha da sofrência pop recebeu no palco montado no Instituto Inhotim Erasmo Carlos. Juntos eles cantaram “Vem Quente que Eu Estou Fervendo”, “Festa de Arromba” e “É Preciso Saber Viver”.
“Fiquei muito emocionada. Eu fiquei passada quando me avisaram, porque ele é um ícone, é um grande compositor, cantor, musicista… Dividir o palco com ele foi uma honra. Foi muito lindo”, diz a cantora ao Lineup após a apresentação. A pernambucana de 31 anos não descarta futuras parcerias com o Tremendão. “Eu adoraria. Se ele quiser, eu estou aqui. Sou muito fã.”
Duda Beat levou a Minas Gerais as canções de seu primeiro disco da carreira, o “Sinto Muito”, lançado em 2018 e fruto de mistura de gêneros como tecnobrega, pop e axé. Entre as canções de destaque da artista estão “Back to Bad”, “Bédi Beat” e “Bixinho”.
Suas músicas basicamente versam sobre relacionamentos —geralmente não tão felizes, daí o apelido “rainha da sofrência pop”. Outra alcunha que, por vezes, ela ouve é “Dua Lipa brasileira”, já que a jovem britânica usa essa temática em boa parte de suas letras.
“Dua Lipa brasileira eu não gosto, não. Ela é ela e eu sou eu. Rainha da sofrência pop eu amo. Eu faço sofrência e sou pop”, afirma Duda Beat, que tocou na última edição do Lollapalooza em São Paulo e está escalada para tocar no festival Cultura Inglesa, em junho, também na capital paulista.
Durante o show, a artista ainda relembrou a tragédia que atingiu a cidade em 25 de janeiro, criticou a mineradora Vale e passou a mensagem de que as pessoas deveriam retomar o turismo a Inhotim. “Muita gente está com medo de vir para cá. Todo mundo aqui têm de estimular as pessoas a virem. Não tem razão para as pessoas não visitarem”, diz.
O desastre na área rural do município da Grande Belo Horizonte ocorreu quando uma barragem da empresa se rompeu, liberando rejeitos de minério de ferro e deixando um rastro de destruição com lama. Até o momento, autoridades contabilizam 237 mortos e 33 desaparecidos.
“Tivemos uma tragédia anunciada, acabei de ler que há a previsão de outra barragem estourar e eu não sei o que a Vale está fazendo. Essas pessoas precisam ser responsabilizadas”, afirma. “Os moradores perderam as pessoas que amavam, suas casas. Estou muito feliz por essa comemoração, mas temos que lutar por respostas.”
Para arrecadar recursos para investir na região e ajudar a comunidade local, a plataforma cultural Meca lançou o fundo filantrópico PróBrumadinho em fevereiro.
Quem fez o principal show da noite foi Gilberto Gil com as novidades do disco “OK OK OK” (2018). O baiano fez uma apresentação breve (cerca de uma hora), mas conseguiu animar o público com as canções novas, hits da carreira e até versões de outros artistas como “Pro Dia Nascer Feliz” (Barão Vermelho), “Avisa Lá” (Olodum) e “Maracatu Atômico” (Nação Zumbi).
No sábado (19), Céu foi outra atração. Passaram ainda por lá na sexta (17) o cantor carioca Castello, a paulistana MC Tha, as DJs Claudia Assef e Ana Flávia. Já o principal nome deste domingo (19) é Tulipa Ruiz.
Domingo (19)
Palco principal
18h – Lamparina e a Primavera
20h – Tulipa Ruiz
21h – MAREH (DJs Cancian e DARRYN JONES)
Palco Heineken Art Stage
19h às 20h – Hannah Lucatelli
21h às 22h – Felipe Morozini
MecaInhotim 2019
Onde: Instituto Inhotim (Rua B, 20, 35460-000 Brumadinho (MG)
Quando: 17 a 19 de maio
Ingressos: R$ 90 a R$ 180
Mais informações: mecainhotim.com
* O jornalista viajou a convite da Heineken
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