Anitta canta em espanhol e Wesley Safadão interpreta ‘Jenifer’ no Planeta Atlântida

Anitta vem investindo em sua carreira internacional. Após o grande sucessos de “Vai, Malandra”, o fluxo de parcerias com artistas de outros países têm se intensificado e a cantora já canta em outras línguas, como inglês e espanhol.

Algumas versões já gravadas pela funkeira puderam ser escutadas na primeira noite do festival Planeta Atlântida, em Xangri-Lá (RS), nesta sexta (1º).

Com uma espécie de maiô roxo e brilhante, Anitta subiu ao palco com um setlist que deu valor aos seus singles em espanhol e inglês.

Foi o caso de “Downtown” e “Machika”, ambos frutos de parceria o cantor colombiano J. Balvin, que figuraram em uma programação com hits como “Sim ou Não”, “Paradinha”, “Show das Poderosas” e “Vai, Malandra”, claro.

Neste ano, a cantora diz que vai experimentar muita coisa “em todos os idiomas” e ter muitos lançamentos. “A ideia é exportar o funk para o mundo”, afirma. “Não estou seguindo padrões, estou fazendo o que me dá vontade”, conta ela, que sairá em turnê por Europa e Estados Unidos no segundo semestre.

(Amon Borges - 1º.fev.2019/Folhapress)
Anitta no palco principal do Planeta Atlântida 2019, no RS (Amon Borges – 1º.fev.2019/Folhapress)

Na sequência da primeira noite, Wesley Safadão se apresentou e aproveitou para interpretar uma das canções candidatas a hit do verão: o nome dela é “Jenifer”, de Gabriel Diniz.

Em sua terceira participação no Atlântida, o cantor cearense recheou o show com sofrência, arrocha, forró, sertanejo e funk. “Ar-Condicionado no 15”, “Romance com Safadeza”, que gravou com Anitta, e “Vou Dar Virote” foram alguns das músicas cantadas.s

O festival Planeta Atlântida é conhecido por atrair grande público —nesta edição foram cerca de 40 mil ingressos vendidos para os dois dias de evento— e um lineup diverso.

O rock se mistura com sertanejo, funk, com espaço para o reggae, passando pelo pagode, eletrônico até chegar ao pop.

E essa diversidade esteve presente na 24ª edição do evento em 2019, com cerca de 40 atrações divididas em 3 palcos.

Ainda na sexta, o CPM 22 relembrou sucessos da carreira nos anos 2000. Os californianos do Slightly Stoopid trouxeram a mistura de reggae, ska e dub. Armandinho resgatou “Desenho de Deus” e o pagodeiro Ferrugem também fez barulho no palco principal, antecedendo o DJ Vintage Culture, que fechou a noite.

Wesley Safadão no palco do festival Planeta Atlântida 2019 (Marcos Nagelstein/Agência Preview )
Wesley Safadão no palco do festival Planeta Atlântida 2019 (Marcos Nagelstein/Agência Preview )

SEGUNDA NOITE

No sábado (2), Pitty marcou sua volta ao festival. A baiana não se apresentava no Planeta Atlântida desde 2010. As conhecidas “Teto de Vidro”, “Me Adora” e “Máscara” dividiram espaço no setlist com versão de “Metamorfose Ambulante”, de Raul Seixas, e a nova “Te Conecta”, para a qual a cantora gravou imagens para o clipe da canção durante o show. Ela ainda recebeu Tássia Reis para cantar no palco.

Outro destaque do dia foi o trio britânico Clean Bandit. Você pode não reconhecer o nome do grupo, mas provavelmente já escutou em algum momento uma das músicas pop pelas quais são responsáveis.

Eles estão em turnê para divulgar o segundo álbum da carreira: “What Is Love” (2018), que reúne sucessos como “Rockabye” (com Anne-Marie e Sean Paul), “Symphony” (com Zara Larsson) e “Solo” (com Demi Lovato).

O trio é formado pela multi-instrumentista Grace Chatto e pelos irmãos Jack e Luke Patterson. Durante os shows, eles são apoiados pelas vocalistas Yasmin Green, Kirsten Child e a violinista Stephanie Benedetti.

Pitty voltou ao palco do Planeta Atlântida em 2019 (Amon Borges - 2.fev.2019/Folhapress)
Pitty voltou ao palco do Planeta Atlântida em 2019 (Amon Borges – 2.fev.2019/Folhapress)

Ao entrar no palco e começar a cantar, foram surpreendidos por uma forte chuva e tiveram de interromper a apresentação por cerca de 40 minutos.

A noite que ainda teve no lineup os rockeiros do Nenhum de Nós, os pagodeiros do Atitude 67 com Thiaguinho e a dupla sertaneja Henrique & Juliano foi fechada pelo DJ Alok.

Considerado um dos melhores DJs do mundo, o goiano de 27 anos animou o público até quase 5 horas da manhã do domingo (3).

Ele subiu ao palco de muletas, pois rompeu ligamentos do tornozelo esquerdo praticando wakeboard durante a lua de mel nas Maldivas —recentemente ele se casou aos pés do Cristo Redentor.

Mas mesmo ligeiramente debilitado ele se esforçou para fazer um show alegre. Pulava (em uma perna só), subia na mesa, andava de um lado para o outro… Nas pickups, tocou hits como “Hear Me Now” e “Never Let Me Go”,  parcerias com o também brasileiro Zeeba, e versões de “Pelados em Santos”, do Mamonas Assassinas, “Otherside”, do Red Hot Chili Peppers, “Numb”, do Linkin Park, Mulher de Fases”, do Raimundos, e “Anna Julia”, do Los Hermanos.

Alok também contou com participação especial do cantor inglês Conor Maynard, autor da letra de “Pray”, novo single do DJ brasileiro e executado ao vivo pela primeira vez durante o Planeta Atlântida.

* O jornalista viajou a convite do festival Planeta Atlântida



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