Katy Perry e Jessie J fecham Rock in Rio Lisboa em dia exclusivo das mulheres
Katy Perry foi a responsável por fechar a programação do palco Mundo no Rock in Rio Lisboa no último dia do festival na capital portuguesa, neste sábado (30).
A principal área do evento teve um lineup exclusivamente feminino pela primeira vez na história, desde que o Rock in Rio estreou em 1985. Antes da americana, as cantoras Jessie J, Hailee Steinfeld e Ivete Sangalo fizeram rolar a festa.
Segundo Roberta Medina, vice-presidente do Rock in Rio, a escalação dessas estrelas não foi exatamente pensada com essa bandeira de feminismo. Para ela, é algo natural, já que o evento nunca teve nenhum tipo de segregação de gênero, cor nem de ritmo musical.
“O que dita o nosso lineup é o que o público quer ver. A gente faz uma pesquisa de mercado, vemos a preferência do consumidor”, explica Medina.
Seguindo essas tendências, Perry foi a headliner da noite e fez sua estreia no Rock in Rio em Portugal —ela já foi destaque no Rio de Janeiro em 2011 e 2015. A apresentação foi bastante alegre, com muitas mudanças de figurino e coreografias bem ensaiadas.
A americana levou a Lisboa sua turnê de seu quinto disco, o “Witness”. Katy entoou hit atrás de hit com a ajuda da plateia: “Teenage Dream”, “California Gurls”, “I Kissed a Girl” e “Firework” foram alguns deles. Na hora de tocar “Hot N’ Cold”, ela até se arriscou no português. “Quente e frio”, disse após perguntar ao público.
Já a britânica Jessie J fez levou a da turnê de seu disco “R.O.S.E.”. Ela costuma entoar em suas músicas e em seus shows mensagens de incentivos, principalmente, para as mulheres. O próprio título R.O.S.E. significa: realizações, obsessões, sexo e empoderamento.
É o caso da faixa “Queen”, do novo álbum, em que diz: “I love my body, I love my skin, I am a goddess, I am a queen” (“Eu amo meu corpo, amo minha pele, eu sou uma deusa, eu sou uma rainha”).
“O que mais quero é que mulheres de todo o mundo escutem essa música, sintam as letras, acreditem e cantem a todo pulmão”, disse à època do lançamento.
Além de “Queen”, o setlist também teve “Flashlight”, “Bang Bang”, “Who You Are” e “Price Tag”, seu principal hit e que encerrou o espetáculo.
Outro nome foi Ivete, considerada uma rainha e idolatrada em solo lusitano. A vencedora de três prêmios Grammy participou de todas as oito edições do festival em Lisboa. A baiana surpreendeu o público e convidou outra grande estrela feminina para o dia das mulheres: sua conterrânea Daniela Mercury para subir ao palco —juntas elas cantaram “O Canto da Cidade”.
E quem abriu o dia foi a atriz e cantora pop americana Hailee Steinfeld.
A jovem de 22 anos começou cedo a carreira e, em 2011, quando tinha 14 anos, concorreu ao Oscar de atriz coadjuvante por sua participação no filme “Bravura Indômita”, dos irmãos Coen.
LINEUP
Os primeiros dois dias de festival —23 e 24 de junho— levaram cerca de 156 mil pessoas ao parque da Bela Vista, segundo a organização.
Muse, Bastille, Haim e Diogo Piçarra atraíram 71 mil espectadores ao dia de estreia.
A segunda jornada teve ingressos esgotados e reuniu 86 mil pessoas. Foi marcada pelas apresentações de Bruno Mars, Demi Lovato e a estreia de Anitta.
O Rock in Rio ainda não divulgou o número de público do último fim de semana, que levou ao palco The Killers, Chemical Brothers e o grupo português Xutos e Pontapés, —que contou até com a presença do presidente do país Marcelo Rebelo de Sousa no palco.
MUNDO DIGITAL
Pessoas com influência no mundo da internet são uma aposta do Rock in Rio. Na versão carioca, por exemplo, já houve o Digital Stage para dar espaço a youtubers e influencer.
Na versão lisboesta deste ano não foi diferente. Um dos nomes escalados foi o jovem youtuber Christian Figueiredo, dono do canal que leva seu nome e tem quase 5 milhões de inscritos.
Junto com Rafael Moreira, ele apresentou seu novo projeto musical: o 2B.
Influenciada pelo rap e pelo hip-hop, a dupla faz músicas com uma pegada eletrônica e letras inspiradas em seus cotidianos.
Outro nome que movimentou o palco digital foi Pyong Lee. O youtuber com ascendência coreana também tem cerca de 5 milhões de inscritos em seu canal, em que faz mágicas e hipnose.
Seus truques e técnica atraíram o público ao palco nos quatro dias de evento. “Eu explico e tento desmistificar a hipnose para que as pessoas percam o medo”, conta ele, que chama alguns espectadores para subir ao palco para participar do show.
*Atualizada às 11h53
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